O deputado estadual Davi Maia (União Brasil), que faz oposição sistemática ao governo Renan Filho (MDB) na Assembleia Legislativa do Estado, confirmou que, em caso de vacância no Executivo estadual, ele vai se candidatar para ser “governador-tampão” em Alagoas.

Caso Renan Filho renuncie ao cargo para se candidatar ao Senado Federal, a eleição será de forma indireta pelo parlamento estadual. 

As regras, como já exposto por esse blog, foram definidas no ano passado por meio de um projeto de lei de autoria da deputada estadual Jó Pereira (MDB).

Maia diz que tem conversado com alguns deputados estaduais sobre a possibilidade de candidatura. 

“Estou articulando. Lógico que é difícil, pois a bancada governista é quase hegemônica na Casa, mas votar no que está aí é praticamente aprovar a continuidade do governo Renan Filho, que é uma gestão que eu sempre critiquei por conta dos inúmeros problemas que venho relatando”, colocou ainda o deputado estadual.

O deputado estadual não avalia o seu posicionamento como uma “ruptura” com o presidente da Casa de Tavares Bastos, Marcelo Victor (União Brasil). “O presidente Marcelo sempre respeitou o espaço da oposição e foi muito democrático. A questão é uma discordância com um projeto que representa uma continuidade, que está a serviço do governador. O projeto que defendo para o Estado é diferente”. 

Maia diz ainda que tem discutido a posição tomada, de ser candidato à governador-tampão, caso haja o espaço vago, com os políticos mais próximos a ele: o senador Rodrigo Cunha (PSDB), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PSB) e até o ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSD). 

Partido

Davi Maia também destacou a sua saída do União Brasil. “Eu estive no Democratas esse tempo todo. Não sai do Democratas desde 2003, mas não dá para seguir no partido diante dos rumos que ele vai seguir em Alagoas”, colocou.

Indagado sobre qual seria o seu destino, Maia diz que está com “um pé dentro do PSDB”. “Tudo indica que vou para o PSDB, mas se não tiver federação, até porque se tiver é uma federação com tudo o que eu rejeito”, frisou.