A Polícia Federal concedeu mais informações sobre a operação Estrelar desencadeada na manhã desta terça-feira (08).O delegado Antônio Miguel Pereira Júnior afirmou em entrevista na manhã de hoje que os envolvidos no esquema não eram da área da saúde, mas que “viram a oportunidade de ganhar dinheiro”. Três mulheres e dois homens foram detidos. No total, a PF apreendeu uma carga avaliada em mais de R$ 100 mil.

O objetivo da operação foi de combater o comércio ilegal de medicamentos emagrecedores. Os produtos foram submetidos à perícia e os experts da PF identificaram diversas substâncias controladas, inclusive em associações proibidas.

Foto: Maria Luiza/CM

Os produtos vendidos ilegalmente declaram conter extratos das plantas Calunga, Carqueja, Martelinho, Garfinea e Aloe Vera. Entretanto, as análises realizadas detectaram a presença das substâncias sibutramina, fluoxetina e furosemida.

A equipe da PF chegou até os envolvidos após uma publicação da Anvisa de que estava tendo comercialização. Até o momento, cinco pessoas foram detidas. “Fizemos um levantamento para saber quem eram e cinco pessoas foram presas. Eles não tinham passagem pela polícia”, disse o delegado.

Segundo ele, os principais centros de distribuição estavam situados nos bairros do Tabuleiro, Poço, Eustáquio Gomes. “Mas era uma prática que acontecia em toda Maceió”.

A venda

O delegado disse que os distribuidores repassavam para os vendedores que faziam a venda direta pelo Instagram e Whatsapp. “Tanto eles vendiam para os revendedores como para os consumidores”.

O delegado fez um alerta sobre os medicamentos e disse que eles têm consequências para a saúde, principalmente porque a substância deve ser usada sob orientação médica. Ele reforçou que só comete crime quem vende e não quem compra.

A venda de medicamentos falsificados, corrompidos, adulterados ou alterados é crime, conforme o artigo 273 do Código Penal, com penas de dez a quinze anos de reclusão. 

*Estagiária sob a supervisão da editoria