Com o bloco na rua e apoio de deputados, Dantas não chega a dois dígitos em atual pesquisa

01/02/2022 11:41 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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A primeira pesquisa registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que traz os números da disputa pelo governo do Estado de Alagoas, abre para algumas reflexões. 

Uma delas é a posição ocupada pelo deputado estadual Paulo Dantas (MDB) no ranking intenções de votos. 

Dantas é, atualmente, o nome apoiado pelo grupo de deputados estaduais liderados pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Marcelo Victor (Solidariedade). Com o peso do “parlmento”, foi um dos primeiros a colocar o bloco na rua, “renovando” a sua biografia em peças publicitárias e dentro de uma estratégia de marketing político que fez de cada pose um flash.

Paulo Dantas tem sido o mestre das declarações genéricas que buscam construir o perfil de bom gestor, espalhou adesivos pelo Estado, dentre outras ações, que são legítimas e, dentro da lógica que assume como político, estão corretas. 

Paralelamente, o grupo de Marcelo Victor e o próprio Dantas tentam se aproximar do Executivo. O fato é: o nome de Paulo Dantas circulou por Alagoas e, aos quatro cantos, foi gritado que ele era candidato ao Executivo estadual, sendo vendido como um aglutinador das principais forças políticas.

Todavia, na primeira pesquisa registrada, todo esse trabalho parece ter rendido a Dantas 7% das intenções de votos, estando empatado com outros possíveis candidatos que não tiveram a mesma exposição recentemente: os deputados estaduais Antônio Albuquerque (PTB) e Jó Pereira (MDB) estão também com 7%. 

Ou seja: Dantas amarga uma terceira posição na largada da disputa pelo governo, mesmo tendo sido um dos que mais se posicionaram no xadrez político de forma antecipada.

A corrida eleitoral – conforme os números do DataSensus – apontam a liderança do senador Rodrigo Cunha (PSDB) com 31%. É válido ressaltar um detalhe aqui: o cenário construído pelo instituto desconsidera a possibilidade do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PSB), ser candidato ao governo. O segundo colocado é o prefeito de Pilar, Renato Filho (MDB), que soma 10% das intenções de votos.

Nos demais cenários avaliados pelo DataSensus, a situação de Dantas melhora e o faz chegar ao segundo dígito.

Quando os nomes são o do emedebista, de Rodrigo Cunha e de Antônio Albuquerque, o senado tucano é líder com 40%. Paulo Dantas fica com 10% e empata com Antônio Albuquerque, que tem 9%.

Em outro cenário com Cunha, Pereira e Dantas, o tucano tem 41%. Dantas sobe para 11%, mas da mesma forma empata tecnicamente com Jó Pereira, que tem 10%. 

Quando é colocado o nome do senador, do prefeito de Pilar e de Dantas, o emedebista passa a ser o terceiro colocado com 11% e empata técnicamente com Renato Filho, que fica em segundo com 12%. Obviamente, Rodrigo Cunha segue em primeiro com 39%. 

É evidente que uma pesquisa eleitoral é o retrato do momento. Logo, ainda temos uma eleição completamente aberta e tudo pode mudar. Dantas tem força política, alianças e espaços para crescer nas pesquisas.

No entanto os números da primeira pesquisa registrada soam como frustrantes. Afinal, empata com quem não tem tido tanto empenho quanto ele em se dizer “100% Alagoas” aos quatro cantos.

A pesquisa do DantaSensus/CadaMinuto ouviu 1.200 eleitores em todo o Estado, nos dias 28 e 29 de janeiro. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº AL-07120/2022.

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