O PROS é o novo PRTB alagoano: o paraíso da matemática fisiológica eleitoral

06/01/2022 12:33 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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Como destaca o colega jornalista Ricardo Mota, em seu blog, o PROS de Alagoas tem novo comando: o ex-deputado estadual Marçal Fortes. Ele assumiu hoje a presidência do partido após uma reunião ocorrida na sede nacional da legenda.

Diante disso, como já sabido, o senador Fernando Collor de Mello (PROS) deve deixar a legenda. Collor pode ir para o PTB, pode entrar no PL ou ainda buscar outra legenda em que possa estar alinhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). 

O senador Fernando Collor de Mello é o candidato de Bolsonaro em Alagoas. O próprio presidente já disse isso.

O que ganha então o PROS com Marçal Fortes? Bem, a missão de Fortes será semelhante àquela que era cumprida por Adeílson Bezerra, quando esse comandava o PRTB. Lembram? 

Adeílson Bezerra não se importava tanto com majoritárias. O lance era o foco nas proporcionais, abrindo as portas da agremiação para políticos de diversos perfis e matizes, convicções e fichas corridas, mantendo – dessa forma – um ou dois puxadores de voto, além de uma calda (as demais candidaturas) para atingir o cociente eleitoral. 

Assim, o dirigente partidário Adeílson Bezerra – quando no PRTB, agora no PROS – lançou uma estratégia que ficou folclórica a cada eleição, mas que sempre conseguia algum êxito. Era eficiente nesse ponto. 

O PRTB chegou a eleger um deputado federal “nessa brincadeirinha”: o ex-parlamentar e ex-prefeito Cícero Almeida.

No PROS, Marçal Forte vem com a mesma missão: a mais pura matemática fisiológica eleitoral, com seus desafios para aglutinar um grupo totalmente heterogênico, mas com o objetivo de disputar cadeiras no legislativo. 

Estando todos os pretensos candidatos em igual condição, o puxador de votos sai na frente, e os demais brigam entre si para fazer mais cadeiras. Como há muita gente disputando em igual condição, o partido cresce em número de votos obtidos.

Marçal Fortes terá um desafio: o número de candidatos por partido diminuiu. Porém, segundo a assessoria de imprensa do PROS, o dirigente da legenda informa que pretende fazer quatro deputados estaduais e dois deputados federais. Em relação às quantidades de cadeiras é difícil afirmar, mas que o objetivo do PROS é prioritariamente (e talvez único) as proporcionais, é! 

Se fizer um federal, pelo menos, garante a vida partidária. Afinal, é com as cadeiras da Câmara dos Deputados que se tem fundo partidário e eleitoral.

Marçal Fortes agora comanda a legenda que já foi dirigida por Collor e pelo deputado estadual Bruno Toledo (PROS), que também se encontra de saída.

Para o que é previsto, Marçal Fortes tem competência e conhecimento de bastidores.

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