Advogada de homem acusado por influencer alagoana de estupro diz que imagens mostram que relatos "são mentiras"

04/01/2022 06:53 - Maceió
Por Mara Santos
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A defesa do homem que estava com a influencer digital Eduarda Martins, em um bar de Maceió, e que foi denunciado por ela, nas redes sociais, por drogá-la e estuprá-la no último dia 30 de dezembro, negou as acusações feitas pela jovem. A advogada Graciele Queiroz disse, em entrevista ao CadaMinuto, que seu cliente é inocente e que os relatos da influencer “são mentiras”, visando “engajamento, likes e seguidores” nas redes sociais.

No último sábado (1º), a influencer digital Eduarda Martins denunciou em uma série de stories no Instagram que havia sofrido abuso sexual após ser dopada em um bar da orla de Maceió. Em seus relatos, a jovem afirmou que lembrava apenas de estar no bar e que horas depois teria acordado na casa de um desconhecido e que não lembrava como chegou ao local. Além disso, ela também alegou que ao chegar em casa percebeu que estava sem calcinha e com lesões nas partes íntimas.

A advogada Graciele Queiroz disse que o seu cliente, que prefere não ser identificado, e Eduarda Martins se conheceram por meio de um aplicativo de paquera, marcaram um encontro em um bar, onde se conheceram pessoalmente e ficaram juntos, inclusive na presença de amigos do rapaz, que é de Brasília.

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Ainda segundo a advogada, o casal ficou no bar das 14h50 até às 19h30. Após esse tempo, eles foram para a residência do rapaz onde teriam tido relações sexuais de forma consensual. Ambos dormiram e ele acordou horas depois, atrasado para ir a um show.

“Ele acordou, tomou banho e a acordou, avisando a ela que precisava ir para um show. Ela pediu que ele a levasse em casa. Pegaram um Uber e, no meio do caminho da casa dela, ela perguntou por sua bolsa. Ele então disse que não sabia, que se não estivesse no bar, estava na casa dele, e que, caso estivesse lá, ela poderia pegar no dia seguinte, pois ele estava atrasado. No entanto, ela sabia onde era a casa e tinha o contato dele. Ela então pediu para que ele ligasse para o celular dela e ele ligou. Temos o registro dessa ligação feita entre as 23h15 e 23h20”, contou a advogada com base no depoimento do seu cliente.

Graciele relatou que no sábado (1º), ao acordar, seu cliente percebeu uma ligação não atendida e retornou. Era de uma amiga de Eduarda, que se identificou como “Núbia” e disse que pegaria as coisas dela. Segundo a advogada, o jovem passou o endereço, mas a amiga da influencer não apareceu. Por volta das 15h, o homem ligou para amiga de Eduarda, questionou se ela não estava precisando de suas coisas e se ofereceu para levar onde “Núbia” estava.

“Ele foi ao local onde a amiga da Eduarda estava e entregou as coisas dela, inclusive tinha outras pessoas com ela, no local onde ele entregou a bolsa”, diz Graciele, contrariando a versão dada por Eduarda, de que ela foi buscar as coisas, acompanhada pela polícia, na casa do rapaz.

“Nada do que ela relatou procede, ela não estava sem calcinha. Temos prova até testemunhal que viu quando ela saiu da casa. As câmeras vão mostrar como ela estava. Ela abraçava, beijava, brincava com ele. Saiu do bar andando e conversando normalmente, entrou e saiu da casa dele da mesma forma [...]. Tem muita prova sendo juntada, mas como o caso corre em segredo de Justiça, tem muita coisa que não dá para falar neste momento. Mas, a delegacia já está investigando e a gente vai observar um novo desfecho dessa história”, afirmou a advogada.

“O caso mais parece uma campanha de marketing digital onde se busca engajamento, likes, seguidores e compartilhamento, do que uma apuração policial séria. Todas as informações prestadas nas "lives", nos "posts em cachoeiras" e nos "desabafos" serão facilmente desmentidas pelas imagens das câmeras de segurança, do bar onde eles se conheceram, desmentindo inclusive a versão de que eles já se conheciam, eles apenas haviam conversado pelo aplicativo de encontros”, continuou a advogada.

Graciele Queiroz disse ainda que seu cliente se apresentou de forma espontânea, nesta segunda-feira (3), na Delegacia da Mulher, onde foi ouvido e se colocou à disposição da polícia e da Justiça.

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