Uma mãe de um menino de 12 anos, internado no Hospital Geral do Estado (HGE), denunciou ter sido ofendida por um médico da unidade hospitalar, após ela cobrar a limpeza da sonda do filho, que segundo ela, apresentava larvas. O caso aconteceu no último domingo (12). Nesta segunda-feira (20), um vídeo onde o médico aparece chamando a mulher de “porca” foi divulgado.
A criança foi internada após apresentar um quadro de pneumonia. Segundo relatou a mãe, Miriam Rafaela, em entrevista à TV, no sábado (11), o menino estava febril e ela o levou para o hospital. Ele foi atendido e os médicos o mandaram para casa. Já no domingo, além da febre, o menino também apresentou convulsão e, por isso, ela retornou com ele para o HGE.
Ainda conforme o relato de Miriam, o menino gritava de dor e ficou cerca de três horas sem remédio. Ela resolveu, junto com uma enfermeira dar um banho na criança, após sentir um “mau cheiro”. O menino apresentou um sagramento durante o banho e quando ela o levantou percebeu que havia larvas na sonda.
Ao tomar satisfação sofre a situação, a mãe da criança afirmou que foi distratada pelo médico, que a chamou de “porca” e disse que as larvas presentes na sonda do menino era “falta de limpeza”.
No vídeo, médico sai andando após proferir as ofensas e a mãe rebate: "Porco é o senhor. Chega na minha casa para ver como é, você não pode falar o que não sabe. Eu estou aqui perguntando desde ontem, pedindo para olhar o meu filho. Vocês são médicos irresponsáveis".
O HGE divulgou nota informando que a criança está internada, sob os cuidados da pediatria e que não podia divulgar o diagnóstico para preservar a integridade da criança. O hospital também afirmou que o menino apresenta comorbidades prévias e congénitas associadas, o que deixam o tratamento mais prolongado, mas que ele já apresentou uma melhora significativa.
O hospital não se pronunciou sobre a conduta do médico.
Confira a nota do HGE, na íntegra:
O Hospital Geral do Estado (HGE) informa que o paciente J.W.D.B, 12 anos, encontra-se internado sob os cuidados da pediatria. Esclarece que a crianca foi admitida já com o quadro pelo qual vem recebendo tratamento, não sendo permitida a divulgação deste diagnóstico, como forma de preservar a integridade da criança.
Acrescenta que, a despeito das conversas diárias da equipe multidisciplinar, a mãe tem se mostrado insatisfeita com a velocidade da evolução clínica do paciente. Entretanto, a criança apresenta comorbidades prévias e congénitas associadas, que tornam o tratamento mais prolongado, mas, ainda assim, observa-se melhora clínica significativa no paciente.
Ressalta ainda que a comunicação tem sido um foco importante do tratamento, compartilhando o plano terapêutico junto da mãe, como forma de permitir que ela tome conhecimento da abordagem atual, bem como dos próximos passos.
Por fim, reforça que há um esforço constante em melhorar a comunicação, a assistência e a relação com o paciente e a família, de modo que nos colocamos sempre à disposição para esclarecimentos.