O Comitê Científico do Consórcio Nordeste divulgou boletim, nesta sexta-feira (3), recomendando a proibição de festas de fim de ano e Carnaval em Alagoas e os outros estados da região.
De acordo com o comitê, que avaliou a situação da pandemia por estado, Alagoas apresenta indicadores de risco pandêmico e epidêmico de moderado a baixo O estado, segundo o comitê, está com ocupação de UTIs de 20% e com estabilização da demanda de quantidade de leitos total e cobertura vacinal em 51,4% com 2a dose (49,5 MS). O documento ressalta diz que ainda não existe segurança sanitária para atividades presenciais sem protocolos de distanciamento, proteção e testagem, principalmente, em grandes aglomerações como as de final de ano e Carnaval.
No documento, o comitê demonstra preocupação com surgimento da variante africana da Covid-19, Ômicron, e de outras novas variantes. Além de recomendar também que governadores e prefeitos no Nordeste não realizem festas, diante do cenário nacional e global.
Para o CCCN, as festas geram grandes aglomerações e intensificariam a transmissão do coronavírus, podendo resultar em uma nova onda da pandemia. O órgão pede que os governantes da região intensifiquem a vacinação para alcançar, o mais rápido possível, uma maior parcela da população com vacinação completa.
Entre outras recomendações estão:
- Uma busca ativa de pessoas que ainda não receberam a segunda dose, por meio de agentes comunitários e ampliação dos locais de vacinação nas cidades em locais de grande circulação de pessoas.
- Aplicação da vacina nas escolas, para atingir a maior cobertura de vacinação com a primeira e a segunda dose nos adolescentes.
- Uso de viaturas como o carro da vacina, em analogia com o "carro do ovo" nas cidades, em que se utiliza serviço de som, como já é feito em alguns locais do país.
- Manutenção do uso obrigatório de máscaras faciais e outras medidas de proteção individual e coletiva, como a exigência do passaporte de vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol, e estabelecimentos do gênero, além do capital político de governadores e outros atores políticos para estimular a solidariedade internacional a desenvolver mecanismos que ampliem a vacinação globalmente, em especial nos países africanos;
- Identificar todas as possíveis barreiras que dificultam a expansão da cobertura vacinal na população com a implementação de mecanismos para superá-las.
Dentre as capitais nordestinas, apenas Maceió mantém a programação confirmada.