O juiz de Direito da Comarca de Maragogi suspendeu a audiência ocorrida de forma híbrida, na manhã de quarta-feira (24), no Fórum da Comarca da cidade. 

A audiência de instrução, onde réus e testemunhas são interrogados para que o Juiz possa ter base e sentenciar futuramente, foi sobre o acidente de repercussão nacional envolvendo um catamarã, que deixou dois mortos durante um passeio às piscinas naturais em julho de 2019.

Segundo informações, a audiência foi cancelada devido a suspeita de dispositivos não autorizados pela Justiça, que facilitariam com que uma testemunha escutasse outra, o que é proibido por lei. Por esse motivo, o Juiz cancelou até os depoimentos já ouvidos, transferindo a audiência para o dia 16 de março de 2022,

Os advogados de alguns acusados, Rômulo Lyra e Jeimison Lyra, acompanhados do estagiário Vítor Raimundo, emendam que, das cinco vítimas apresentadas, três foram arroladas como testemunhas, que foram identificadas como filhos das vítimas, e solicitaram de imediato o cancelamento da audiência. Os advogados alegaram que a audiência estaria prejudicada.

“Logo de plano, o magistrado deferiu nosso requerimento, suspendendo a audiência e anulando todos os atos’, assegura Dr. Rômulo Lyra. “Também pedimos que fossem anulados os três depoimentos dos familiares das vítimas. Diante de tudo isso, o magistrado suspendeu a audiência, cancelando todos os atos e remarcando para o próximo ano.”

Entenda o caso

Um acidente com um catamarã deixou dois mortos durante um passeio a uma das piscinas naturais Maragogi, Litoral Norte de Alagoas, na manhã do dia 27 de julho de 2019. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local para fazer o resgate das vítimas. Informações oficiais deram conta de que pelo menos 60 pessoas estavam a bordo da embarcação.

Duas idosas, de 65 e 67 anos, turistas do Ceará, morreram. Outras vítimas foram resgatadas e levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogi. De acordo com o Corpo de Bombeiros, três pessoas deram entrada em estado grave. Duas delas inspiraram cuidados, uma com hipotermia e outra com pressão baixa.

O catamarã teria batido em pedras e virado.

A Marinha do Brasil havia informado sobre a ressaca do mar, onde as ondas poderiam chegar a 2 metros e meio de altura nas praias do litoral alagoano daquele dia, devido às chuvas que caíam no estado há semanas.

*com Maragogi News