Qual a próxima jogada de Renan Filho no xadrez nacional?

26/10/2021 21:28 - Filipe Valões
Por redação

No tabuleiro do xadrez político, a movimentação continua rumo às eleições de 2022. E se o jogo é comandado por dois oponentes, isso não significa que as peças nesse caso são apáticas e sem objetivos próprios. Existem jogos dentro do jogo. E os objetivos de alguns podem mudar, de acordo com o panorama geral.

Já discutimos, aqui no blog, a posição potencialmente vantajosa da família Calheiros, aliada do ex-presidente Lula, tanto na eleição do ano que vem quanto em um cenário posterior, caso o petista vença e retorne ao Palácio do Planalto. O mais lógico seria uma chapa onde Renan Filho fosse o vice de Lula. Mas, e se…

Digam o que quiserem de Renan pai e Renan Filho, mas, politicamente, eles conseguiram desenvolver uma postura ponderada, com a dose certa de impetuosidade, dosada pela prudência. Metem a cara, mas não ao ponto de quebrá-la na parede. Os calheiros, de besta não têm nada.

Por isso, considerando riscos e vantagens, prós e contras, surge outra rota para eles em uma eventual vitória de Lula. Renan Filho, concluindo seus dois mandatos de governador, precisaria elevar seu próprio nível de influência, poder político e relevância. Precisaria de outro cargo. E, sendo vice, convenhamos, ficaria de certa forma eclipsado pelo presidente. A solução? Assumir um ministério.

Digamos, o da educação. Imaginem o destaque a nível nacional, que o projetaria para vôos maiores e a continuidade de sua presença em Alagoas, turbinada pelas prerrogativas de ministro? Embora seu maior êxito enquanto governador seja a saúde pública, com os indicadores inegáveis de bom enfrentamento à pandemia e a perspectiva de crescimento sem igual à médio e longo prazos da própria estrutura da saúde do Estado, também na educação temos uma atuação forte, eficiente e promissora.

Renan Filho já demonstrou, politicamente, que não é de aventuras, portanto, entre as possibilidades de ser vice ou ministro de Lula, é mais provável que escolha a rota que mais lhe permita ficar com um pé em Brasília e outro em Alagoas.

E que, voltando à analogia com o xadrez, lhe conceda ficar no jogo por mais tempo, talvez até possibilitando um xeque-mate em 2026, voltando ao Governo de Alagoas. Ou quem sabe…?

O que não se pode negar é que, pai ou filho, os renans jogam pensando dois ou três passos à frente da maioria.

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