Nos bastidores, Jó Pereira já é vista como um nome fora do MDB nas discussões sobre chapas

09/09/2021 11:21 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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Conversei com alguns políticos alagoanos sobre as formações de chapas para disputas proporcionais e majoritárias que ocorrerão nas eleições estaduais alagoanas, em 2022. Apesar das eleições serem só no próximo ano, as discussões na busca por fechar grupos – ainda mais nas “batalhas” proporcionais – já ocorrem.

Alguns desses políticos com os quais conversei são dirigentes partidários e trabalham na montagem de suas legendas com base nas regras que valeram para as eleições municipais. Ou seja: sem a possibilidade de coligações.

Todos eles destacam a possibilidade de quatro partidos se fortalecerem para tentar fazer bancadas na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas: Democratas, PSDB, PP e MDB.

O primeiro figura por ser a legenda que é comandada pelo presidente da Casa de Tavares Bastos, Marcelo Victor (Solidariedade). Apesar de ser do Solidariedade, Marcelo Victor comanda o Democratas e pretende usar a legenda para eleger deputados federais e estaduais. Ele mesmo é um dos nomes que pode ir para o partido.

Quanto mais deputados Marcelo Victor ajudar, mas ele mantém para si o poder que hoje detém dentro do parlamento estadual.

O Democratas tem as portas abertas para Cibele Moura, Bruno Toledo, Dudu Ronalsa e para a permanência de Davi Maia.

Já o PSDB pode ter candidato ao governo do Estado: o senador Rodrigo Cunha (PSDB). Diante disso, tem a questão do voto de legenda, o que torna a siga atrativa. O PP é o partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, um acumulador de poder.

Já o MDB é a agremiação do governador Renan Filho e do senador Renan Calheiros, então, dispensa explicações…

Nessas discussões, o nome de Jó Pereira (MDB) é muito citado. A emedebista tem tido uma posição - dentro da Casa de Tavares Bastos – com uma independência que a contrapõe, em muitos momentos, ao governador Renan Filho. Aliás, Jó Pereira já chegou a classificar o governador como um “líder isolado”.

Além disso, ela pertence ao grupo dos Pereiras, que tem total proximidade com Arthur Lira. A aposta dos bastidores – diante da conjuntura – é que Jó Pereira, pelo destaque que tem tido na Assembleia Legislativa e pelas posições independentes, pode deixar o MDB para virar um coringa no PP de Lira.

Na nova sigla, Jó Pereira teria mais espaço para ser candidata à reeleição, à Câmara dos Deputados ou para composições na majoritária. Dizem até que já houve conversas sobre a possibilidade dela ser uma “coringa” para composições possíveis, podendo ser indicada a vice-governadora de uma chapa em oposição aos palacianos (o grupo de Renan Filho). Há – evidentemente – também a possibilidade dela encabeçar uma chapa.

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