O cunhado da garota Ingrid Raíssa Gomes da Silva, de 11 anos, foi apreendido nessa segunda-feira (12), após confessar que matou a adolescente. A informação foi confirmada pelo delegado coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ronilson Medeiros. Além disso, o delegado afirmou que há indícios que Raíssa sofreu abuso sexual.
Ainda segundo o delegado, no começo da investigação, três pessoas eram suspeitas do crime. “O cunhado, o ex-cunhado e um vizinho”, disse. O material genético dos três foi coletado. “Só que na oitiva, confirmamos que o vizinho e o ex-cunhado estavam trabalhando”, explicou.
Conforme Ronilson, a mãe da vítima notou que o suspeito (atual cunhado) não estava em casa no dia do desaparecimento da vítima e que apareceu às 17h com uma roupa que não era dele e sujo de barro.
“Então conversamos com ele ontem e falamos que seria questão de tempo porque o material genético havia sido coletado. Foi aí que ele confessou o crime”.
A versão apresentada pelo suspeito foi que no dia do crime, Raíssa e ele saíram para comprar alimentos para uma arara, mas no trajeto, Raíssa teria tentado abusar sexualmente dele. “E ele negou ter relações com ela. Mas na fúria, ele pegou a criança e jogou uma pedra na cabeça”.
Porém, a versão do suspeito não bate com o laudo da Perícia. “O laudo ainda não foi liberado, mas já fiquei sabendo que há indícios de abuso sexual contra a menor. Ou seja: o que ele disse que ela queria fazer foi o que ele fez com ela”.
O acusado está apreendido em uma Unidade de Internação para menores. O corpo de Raíssa foi encontrado no dia 22 de junho, na BR-104, entre Messias e Rio Largo. Ele estava em estado de decomposição e em um local de difícil acesso.