Em Alagoas, 77 policiais militares se recusaram a tomar a vacina contra a Covid-19 e podem sofrer algumas medidas do Ministério Público Estadual (MPE) por responsabilização da possibilidade de propagar a doença. O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, coloca que ninguém é obrigado a tomar o imunizante, mas na condição do agente público, que atende a sociedade todos os dias, ele fica propenso repassar a doença. 

Com isso, Roberto alerta que não somente o agente público pode ser responsabilizado, como também o gestor de cada órgão, seja ele municipal ou estadual. Os números foram confirmados pela Diretoria de Saúde da Polícia Militar e o Ministério Público concedeu um tempo para que a Corporação envie informações sobre onde esses militares estão lotados. 

“O Ministério Público provocado pela sociedade, recomendou a todos os gestores do estado para que eles provoquem seus agentes públicos para que se vacinem. Caso haja recusa, que eles possam abrir processos administrativos para apurar essa conduta e proibir que esses agentes ingressem nos locais públicos”, afirmou o procurador de Justiça. 

Das informações solicitadas à PM, o Ministério Público quer saber se policiais foram afastados dos seus locais de trabalho, onde eles estão lotados e se foi instaurado um procedimento administrativo. 

“São áreas fundamentais por ter contato direto com a população. Se um militar se recusa, o seu comandante da unidade poderá ser responsabilizado também”, acrescentou Márcio Roberto.