Cleto Falcão - ascenção e queda.

24/05/2021 12:07 - Marcelo Bastos
Por redação
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A trajetória política de William Cleto Falcão de Alencar iniciou-se em 1976, quando tornou-se presidente do MDB Jovem de Alagoas, partido de oposição ao regime militar instalado em abril de 1964. Em 1979, passou a ocupar a secretaria-geral do partido no Estado. Com o fim do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, assumiu o cargo de vice-presidente do PMDB de Alagoas.

Nas eleições de 1982, Cleto Falcão foi candidato pelo PMDB a deputado estadual, obtendo 6.398 votos, porém, não obteve êxito naquele pleito.

Cleto Falcão, nas eleições de 1986 foi eleito deputado estadual pelo PMDB com 8.335 votos, ficando em 20° lugar dentre as vinte e sete vagas em disputa. Nessa legislatura foi líder do Governo Collor, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e membro da Comissão de Redação Final.

Nas eleições para presidente da República de 1989, Cleto Falcão, foi escolhido pelo candidato Fernando Collor, para ser coordenador de sua campanha. Estava começando naquele momento a ascensão política de Cleto. Collor foi o vitorioso no segundo turno com 35.089.998 votos (53,03%). Lula ficou em segundo lugar com 31.076.364 votos (46,97%). Cleto Falcão, foi também membro da comissão nomeada pelo presidente eleito para fazer a transição do Governo Sarney.

Cleto Falcão, nas eleições de 1990 foi eleito deputado federal pelo PRN com 38.125 votos, ficando em 4° lugar dentre as nove vagas em disputa. Em 1991, tornou-se líder do PRN na Câmara Federal e passou a ser um dos homens mais importantes da " República das Alagoas ", como era chamado o grupo que vivia em torno do presidente Fernando Collor.

"No final de 1991, foi destituído da liderança do PRN, depois de uma entrevista à revista Veja em que que sustentava ter um padrão de vida incompatível com o seu salário graças à ajuda de empresários amigos, o que causou graves problemas ao Palácio do Planalto. Ademais, deixou de frequentar a Casa da Dinda, nome pelo qual ficou conhecida a residência de Collor em Brasília."(extraído do site www.fgv.com).

"Em 29 de setembro de 1992, na sessão da Câmara Federal que decidiu pela abertura do processo de impeachment do presidente Collor, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado por Paulo César Farias, Cleto votou a favor da medida. Na véspera da sessão, divulgou carta que enviara ao deputado José Carlos Vasconcelos, líder do PRN, comunicando seu desligamento do partido e a adesão à tese do impeachment. Informou também que era intenção de Collor aprovar uma emenda constitucional que permitisse sua reeleição após o primeiro mandato e mais um retorno cinco anos depois. Em outubro, filiou-se ao PSD. Em dezembro, acusou Collor de ter tentado suborná-lo na votação de 29 de setembro, objetivando, com essa revelação, rebater uma entrevista dada pelo ex-presidente Collor à imprensa, na qual criticava Cleto e outros ex-aliados que votaram a favor da medida que o destituíra do governo." (extraído do site www.fgv.com).

Depois do auge em que viveu no período da presidência do Governo Collor, Cleto Falcão, entrou em declínio na carreira política. Nas eleições de 1994, foi candidato a reeleição para deputado federal pelo PSD e obteve apenas 5.679 votos e não logrou êxito naquele pleito. Nas eleições de 1998, foi mais uma vez candidato a deputado federal pelo PSD e teve uma inexpressiva votação de 3.537 votos.

Após as eleições de 1998, Cleto Falcão não voltou mais a concorrer a cargos eletivos, passando a se dedicar à corretagem de imóveis. Faleceu no dia 24 de setembro de 2011.

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