Segismundo Andrade - Uma vitoriosa carreira política.

17/05/2021 12:20 - Marcelo Bastos
Por redação
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A trajetória política de Segismundo Gonçalves Andrade iniciou-se em 1947, quando foi eleito pela UDN deputado à assembleia constituinte de Alagoas com 1.034 votos, ficando em 12° lugar dentre as trinta e cinco vagas em disputa. Participou ativamente dos trabalhos constituintes como membro da Comissão Constitucional.

Nas eleições de 1950, Segismundo Andrade foi reeleito deputado estadual pela UDN com 1.776 votos, ficando em 8° lugar dentre as trinta e cinco vagas em disputa.

Segismundo Andrade, nas eleições de 1954 alçoou voos mais altos e foi eleito deputado federal pela UDN com 7.760 votos, ficando em 5° lugar dentre as nove vagas em disputa. Nessa legislatura foi vice-líder da UDN na câmara federal e presidente regional do partido.

Segismundo Andrade, ainda foi eleito deputado federal por mais três vezes. Nas eleições de 1958 pela UDN com 6.709 votos, ficando em 7° lugar. Nas eleições de 1962, mais uma vez eleito pela UDN com 8.386 votos, ficando em 6° lugar. Com extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional n° 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido de apoio ao regime militar instalado no país em abril de 1964. Foi eleito nas eleições de 1966, pela quarta vez para deputado federal pela ARENA com 11.214 votos, ficando em 3° lugar dentre as nove vagas em disputa.

Durante sua atuação parlamentar, integrou as comissões de orçamento, de relações exteriores e de educação. Ao longo da sua atividade parlamentar, defendeu o intervencionismo econômico e ao monopólio estatal do Petróleo, da eletricidade e das telecomunicações, entre outros temas, porém, fazia restrições à intervenção estatal nos transportes ferroviários e marítimos em virtude dos crescentes déficits, que representavam um ônus para o orçamento da União.

Nas eleições de 1970, Segismundo Andrade não pretendia concorrer pela quinta vez para deputado federal, pois enxergava a possibilidade real de ser candidato pela ARENA ao senado da República em virtude de ser uma disputa para duas vagas de senador. Além de Arnon de Mello, que seria candidato a reeleição, ainda eram pré-candidatos os deputados federais: Segismundo Andrade, Luiz Cavalcante, Medeiros Neto e Pereira Lúcio.

Segismundo Andrade, certificando, que o partido não tinha preferência entre os pretensos candidatos, animou-se em percorrer o Estado em busca de votos dos correligionários para ser um dos escolhidos na convenção estadual do partido a uma das duas para o senado. Com a sua habilidade política, Segismundo, passou a ser um forte candidato a conquistar a uma das duas vagas ao senado, porém, o presidente Nacional do partido, o deputado federal Rondon Pacheco, comunicou ao futuro governador de Alagoas, Afrânio Lages, que o governo federal tinha interesse nas escolhas de Arnon de Mello e Luiz Cavalcante para as duas vagas em disputa. Diante desse fato, Afrânio Lages, fechou questão em torno dos dois. Segismundo Andrade, disputou a convenção e mesmo não tendo o apoio de Afrânio Lages, foi derrotado por apenas 15 votos.

" O pior viria depois: segundo a revista "Veja", Segismundo estava certo. Não havia preferência do Governo Federal para quaisquer nomes. Do que se conclui que Rondon Pacheco, para prevalecer sua preferência iludiu o professor Afrânio Lages e até a Presidência da República, " usando seu poderoso nome em vão "... (extraído do livro Eu fui testemunha, Maceió, 1979.

Depois do episódio ocorrido em 1970, Segismundo Andrade, se desiludiu da política e passou a dedica-se a atividades de sua usina de açúcar. Posteriormente, ingressou no setor de vendas de automóveis em Maceió.

Segismundo Andrade faleceu no dia 24 de setembro de 2008.

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