A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), apresentou, nesta sexta-feira (30), em coletiva à imprensa, uma estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Segundo o secretário Fabrício Marques Santos, indo na contramão do Brasil, Alagoas apresentou um crescimento do PIB, enquanto o país registrou uma queda.

Os dados são referentes ao 3º trimestre de 2020. Durante a coletiva, o secretário destacou que Alagoas foi um dos estados que menos sofreu do ponto de vista econômico.

“O Estado teve uma queda, mas foi uma queda muito menor que a do país”, disse. Para o secretário, o auxílio emergencial contribuiu para que Alagoas não tivesse uma queda maior na economia.

Foto: Rebecca Moura/CM

Sem o auxílio emergencial, o setor de serviços, segundo Fabrício, que representa 70% do PIB, teve uma queda de 6.37%. “Provavelmente, se a gente não tivesse o auxílio, a nossa queda ia ser no mínimo 6.27%. O auxílio compensou e nós tivemos uma estabilidade e crescimento no setor econômico”.

Fabrício também explicou que a produção de agropecuária registrou uma “ligeira queda”. “A indústria de construção teve um crescimento de 7% no ano passado, ela neutralizou a queda da indústria de transformação”.

Ele também ressaltou que o forte crescimento da construção foi a atividade de obras públicas. “O Estado investiu mais de 1 milhão de reais em obras públicas e isso ajudou a neutralizar uma possível queda na indústria de transformação ligada às atividades da Braskem”.

Ainda conforme o secretário, se não fosse pela pandemia, o crescimento da indústria teria sido maior. Ele também disse que acredita que em 2021, Alagoas provavelmente terá um declínio na agropecuária em decorrência da queda de exportação do Brasil. 

Sobre a renda da população alagoana, Fabrício disse que produção não necessariamente significa renda na mesma magnitude da população. “A renda da população alagoana teve um aumento em 2020 em relação ao ano anterior, mas não necessariamente se transforma em PIB. A partir do momento que as pessoas recebem rendas, mas compram e importam de outro lugar, isso não se transforma em produção alagoana”.

*Estagiária sob a supervisão da Editoria