O governador Renan Filho se manifestou na manhã desta terça-feira (27), através de uma publicação em suas redes sociais, sobre a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de rejeitar a importação e o uso da vacina Sputnik V no Brasil. Em março deste ano, o gestor havia sancionado uma lei que permitia a aquisição do imunizante russo pelo Estado de Alagoas.
Diante da resolução, o governador diz ter recebido com estranheza o veto. “A Sputnik, já aprovada e agora mesmo aplicada em dezenas de países, tem ainda o aval do próprio Comitê Científico do Nordeste. Assim, fica difícil entender a recusa da agência brasileira nesta emergência”, afirma na publicação.
Na noite desta segunda-feira (26) foi emitida a decisão dos cinco diretores da Anvisa de rejeição, por unanimidade, importação e uso do imunizante russo Sputnik V pelo Brasil. A justificativa do diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, é de que o imunizante poderia trazer riscos à saúde. Também indicou falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante, o Instituto Gamaleya.
Em Alagoas, havia a previsão de chegada do primeiro lote da vacina já neste mês de abril, no entanto, com a negativa da agência os planos do governador foram adiados. “Continuarei lutando para trazer a Sputnik V. A população precisa de vacina, principalmente de agilidade do governo federal para fazê-la chegar ao braço das pessoas", completa.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), o imunizante, com 91,6% de eficácia, comprovada pelo estudo publicado na conceituada revista científica Lancet, foi negociado em 56 países e teve 80 milhões de doses compradas pelo Governo Federal e por diversas cidades e estados brasileiros, como a Bahia, o Paraná e o Mato Grosso, que estavam aguardando a decisão da agência.