Renan Filho e governadores do Nordeste dizem que Bolsonaro tem postura 'destrutiva' e repudiam ataque a Barroso
O governador de Alagoas Renan Filho e chefes de outros estados do Nordeste manifestaram repúdio às declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Em nota, divulgada nesta sexta-feira (9), os gestores nordestinos afirmaram que há uma tentativa de “criar falsas guerras, sem argumentos, apenas falácias” e que o presidente tem uma postura “virulenta e destrutiva”.
Para os governadores, é inaceitável ver o Brasil enfrentar uma crise profunda, com tantas mortes, “em meio à insana tentativa de criar falsas guerras, sem argumentos, apenas falácias e acusações vazias, além de destemperadas”, diz trecho da nota.
Na última quinta-feira (8), o ministro do STF, Roberto Barroso, concedeu liminar ordenando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG) a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A comissão investigará responsabilidade por ações e possíveis omissões do governo federal no combate à pandemia do coronavírus no País.
Nesta sexta-feira (9), Bolsonaro criticou Barroso pela decisão e disse que “falta coragem” e sobra “ativismo judicial” ao ministro do STF. “Pelo que me parece, falta coragem moral para o Barroso e sobra ativismo judicial [...] Não é disso que o Brasil precisa. Vivendo um momento crítico de pandemia, pessoas morrem. E o ministro do Supremo Tribunal Federal faz politicalha junto ao Senado Federal”, postou Bolsonaro em uma rede social.
Na nota, os governadores do Nordeste afirmam que Bolsonaro tem uma postura “virulenta e destrutiva” e dizem que são vítimas recorrentes de ataques “injustificáveis” promovidos pelo presidente e manifestam repúdio ao que definiram como “agressão” contra Barroso.
Antes de assinarem a nota, Renan Filho e os outros oito governadores do Nordeste destacam que não se pode brincar com a vida e que, enquanto lutam para imunizar as pessoas, não estão “imunes ao estamos imunes ao descontrole e à inação de quem lidera o governo federal, diariamente fomentando e acentuando novas crises”.
Confira a nota:
*Sob supervisão da editoria
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