Consupoc e Adepol manisfestam apoio a Paulo Cerqueira e repudiam acusações

09/04/2021 20:16 - Geral
Por Mara Santos*
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Instituições ligadas à Polícia Civil divulgaram notas nesta sexta-feira (9) em repúdio as acusações contra o então delegado-geral Polícia Civil de Alagoas Paulo Cerqueira. Ele entregou o cargo no fim da tarde, após ser apontado como mandante intelectual de atentado contra o juiz, agora aposentado, Marcelo Tadeu, que acabou vitimando um advogado.

Em nota, o Conselho Superior da Polícia Civil (Consupoc) repudiou as acusações contra Cerqueira e frisou que, na época, ele comandava a Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), quando foi designado para investigar o referido crime

Segundo o Consupoc, Paulo Cerqueira “cumpre seu mister nesta Instituição há aproximadamente 20 anos. Sendo responsável pela elucidação de crimes de mando e de organizações criminosas, portanto, a correta persecução criminal sempre foi prioridade na gestão das unidades por onde atuou”.

Também por meio de nota, a Associação dos Delegados de Polícia Civil de Alagoas (Adepol/AL) manifestou apoio ao agora ex-delegado geral da Polícia Civil do estado. A entidade afirmou que Cerqueira tem “reputação, competência e serenidade” que o fizeram com que sempre ocupasse “funções de alto relevo na segurança de Alagoas”.

“ A Adepol observa que qualquer acusação deve ser feita com base em provas licitas e confiáveis, não servindo a esse fim depoimentos de pessoas envolvidas em crimes e sem credibilidade”, diz trecho da nota da Adepol.

Mais cedo, Paulo Cerqueira entregou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas. A saída foi anunciada após seu indiciamento pela Polícia Civil, como autor intelectual do homicídio do advogado Nudson Harley. Crime ocorrido em 2009 e que teria como verdadeiro alvo o agora juiz aposentado Marcelo Tadeu. 

Em nota, Cerqueira definiu o indiciamento como “grande injustiça”.

Também na manhã de hoje, o juiz aposentado Marcelo Tadeu afirmou, em entrevista coletiva, não estar surpreso com o indiciamento de Paulo Cerqueira e questionou a quem o ex-delegado geral da PC estaria obedecendo ao mandar matá-lo.

Confira as notas do Consupoc e da Adepol na íntegra:

Nota do Consupoc

O Conselho Superior da Polícia Civil (CONSUPOC) repudia o teor das informações que relacionam o Delegado Geral desta Instituição como autor intelectual em crime de homicídio ocorrido no ano de 2009.

À época do fato, Paulo Cerqueira comandava a Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), e foi designado, em caráter especial, pelo então Delegado Geral, para investigar o referido crime. Em concluindo os autos, estes foram remetidos ao Poder Judiciário, e quando do retorno da referida peça investigativa, fora designada outra autoridade policial desta instituição para a continuidade do feito.

É de bom alvitre ressaltar que Paulo Cerqueira cumpre seu mister nesta Instituição há aproximadamente 20 anos. Sendo responsável pela elucidação de crimes de mando e de organizações criminosas, portanto, a correta persecução criminal sempre foi prioridade na gestão das unidades por onde atuou.

Em decorrência de sua postura profissional, foi convidado para exercer altos cargos na cúpula diretiva da Segurança Publica, sendo inclusive Delegado Geral por duas vezes, com reconhecimento por parte de todos os membros desta Instituição e das demais forças da Segurança Pública de Alagoas.

KÁTIA EMANUELLY CAVALCANTE CASTRO;

CARLOS ALBERTO ROCHA FERNANDES REIS;

VALDEKS PEREIRA DA SILVA;

FRANCISCO DE ASSIS AMORIM TERCEIRO;

CÍCERO LIMA DA SILVA;

ANTÔNIO CARLOS AZEVEDO LESSA;

JOSÉ CARLOS ANDRÉ DOS SANTOS;

MÁRIO JORGE MACHADO BARROS;

VALTER NASCIMENTO ROCHA;

GUSTAVO XAVIER DO NASCIMENTO

Nota da Adepol

 

*Sob supervisão da editoria

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