Oseas Cardoso - fiel aos amigos e verdadeiramente inimigo dos seus inimigos.

08/03/2021 11:54 - Marcelo Bastos
Por redação
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A trajetória política de Oseas Cardoso Paes iniciou-se em 1942, quando foi nomeado prefeito da cidade do Pilar. Ainda no Estado Novo foi prefeito também da cidade de Piranhas, de 1943 a 1944.

Nas eleições de 1947, Oseas Cardoso foi eleito deputado estadual pelo PSD com 1.094 votos, ficando em 10° lugar dentre as trinta e cinco vagas em disputa.

Oseas Cardoso, nas eleições de 1950 foi reeleito deputado estadual pelo PSD com 1.408 votos, ficando em 13° lugar dentre as trinta e cinco vagas em disputa. Nessa legislatura foi líder da sua bancada e vice-líder do Governo na assembleia legislativa.

No dia 30 de maio de 1951, às 14 horas e 40 minutos, em frente à assembleia legislativa de Alagoas, Oseas Cardoso assassinou Campos Teixeira, que tinha sido candidato ao Governo do Estado nas eleições de 1950 e também foi prefeito de Maceió. Oseas foi preso em flagrante e recolhido à penitenciária da capital. Durante o seu interrogatório, atribuiu ao grupo político de Campos Teixeira o assassinato do seu pai João Cardoso. No dia 5 de junho, a assembleia legislativa decidiu por 17 votos contra 13, que o deputado Oseas Cardoso fosse solto e por 16 votos contra 14, que não fosse processado. Deixou a prisão e o crime ficou impune como tantos outros em Alagoas.

Nas eleições de 1954, Oseas Cardoso foi eleito pela terceira vez consecutiva para deputado estadual pelo PTN com 2.785 votos, ficando em 3° lugar dentre as trinta e cinco vagas em disputa. Nessa legislatura foi o autor do primeiro pedido de impeachment de um governador de estado no Brasil, contra Muniz Falcão. Na sua justificativa para o tal pedido do impeachment do governante, era pelo clima de violência que reinava em Alagoas. Assembleia Legislativa aprovou o impeachment, contudo, o STF considerou-o ilegal, sendo Muniz Falcão, depois anistiado do processo de impedimento por uma comissão de deputados e desembargadores.

Nas eleições municipais de 1955, Oseas Cardoso concorreu ao cargo de prefeito de Maceió e não logrou êxito. O vitorioso daquele pleito foi Abelardo Pontes Lima.

Oseas Cardoso, nas eleições de 1958 foi eleito pela quarta vez deputado estadual pela UDN com 3.806 votos. Naquele pleito foi o deputado estadual mais votado.

Nas eleições de 1962, Oseas Cardoso foi eleito deputado federal pela UDN com 12.593 votos, ficando em 4° lugar dentre as nove vagas em disputa.

Oseas Cardoso, nas eleições de 1965 foi candidato a vice-governador na chapa de Arnon de Melo, que não lograram êxito. O mais votado naquele pleito entre os cinco postulantes foi Muniz Falcão, porém a sua vitória foi esbarrada na Emenda Constitucional n° 13, promulgada em 8 de abril de 1965, que exigia a maioria absoluta de votos para homologação do resultado e caberia à assembleia legislativa resolver o impasse; contudo, por vinte votos contrários ele foi derrotado. A partir de então, o Estado de Alagoas passou a ser governado por um interventor federal, general João Tubino até o momento em que os deputados estaduais escolhessem o novo governador, conforme previa o Ato Institucional n° 3, que legitimou a eleição indireta de Lamenha Filho para governar o Estado e cuja posse aconteceu em 15 de agosto de 1966.

Nas eleições de 1966, Oseas Cardoso foi reeleito deputado federal pela ARENA com 25.650 votos, sendo o mais votado naquele pleito. Em abril de 1969, teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, com base no Ato Institucional n° 5 de 13 de dezembro de 1968.

Oseas Cardoso, nas eleições de 1982 foi candidato pela terceira vez para deputado federal pelo PDS com 30.683 votos, ficando na primeira suplência da sua coligação. Assumiu o mandato em 1986, na vaga de Fernando Collor, que se afastara da Câmara Federal para disputar o Governo de Alagoas.

Após as eleições de 1982, Oseas Cardoso não voltou mais a concorrer a cargos eletivos, passando a se dedicar às atividades empresárias. Faleceu em Brasília no dia 31 de maio de 2009.

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