Alagoas realiza a primeira cirurgia de reconstrução mamária pelo Ame-se

25/01/2021 17:33 - Geral
Por Assessoria
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Esta segunda-feira (25) ficará marcada na vida de Maria Fernanda Matias, de 44 anos, paciente mastectomizada, a primeira a realizar o sonho de reconstruir a mama pelo Ame-se, Programa Estadual de Reconstrução Mamária, lançado em outubro do ano passado com o apoio da Deputada Federal, Tereza Nelma, que destinou meio milhão de reais através de emenda parlamentar.

Nesta manhã, Maria Fernanda recebeu a visita da vereadora Teca Nelma junto com a equipe de médicos do Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares, onde foi operada. Emocionada, ao lado mãe, Fernanda relatou que estava ansiosa para visualizar seu corpo após o procedimento. “Esperei quatro anos por esse momento; tenho muito que agradecer a todos que estão envolvidos, ao governo do Estado e a deputada federal que lutou pra que muitas mulheres pudessem realizar esse sonho, ela é uma inspiração pra todas nós”, destacou a paciente que está há quatro anos sem a mama.

A Deputada Federal Tereza Nelma tem um trabalho permanente buscando ajudar outras mulheres vítimas de câncer. De acordo com a parlamentar, no Brasil, de 2014 a 2019, quase 60 mil mulheres fizeram mastectomia mas só 7.800 tiveram direito de fazer a sua reconstrução mamária. Ela defende o aumento desses procedimentos pelo grau de importância dessa cirurgia não somente pela parte física mas também psicológica das pacientes que perderam a mama.

“A mulher que tem câncer de mama já passa por todo sofrimento gerado pelo tratamento em si, perder a mama é episódio que faz ela lembrar diariamente tudo que passou. Quando você reconstrói e traz de volta o seio, o mamilo tatuado, tudo perfeitinho, aquilo renova e engrandece ela como mulher, trazendo de volta a autoestima e a sua sexualidade”, disse Nelma. “E olha agora, a cada semana, uma mulher em Alagoas terá sua mama reconstruída e sua autoestima resgatada”, comemorou.

A primeira etapa do Ame-se começou com a demanda reprimida que veio das Organizações Não Governamentais (ONGs), como a Casa Rosa, Renascer e Rede Feminina de Combate ao Câncer. As pacientes mastectomizadas podem conseguir acesso a reconstrução mamária indo até umas dessas ONGs, levando os exames e a documentação. A partir daí, elas passarão pelas consultas, exames de rotina e exames pré-operatórios até estarem aptas para realizar a cirurgia.

A coordenadora do Programa Ame-se, a mastologista Francisca Beltrão, disse que a primeira cirurgia hoje representa um marco na Saúde de Alagoas. “Essa cirurgia interfere significativamente na vida da mulher, devolve a sua identidade, a autoestima e a sexualidade; a participação dos representantes políticos que olharam para esse lado foi muito importante, é fundamental ter alguém que levante essa bandeira na Câmara dos deputados”, ressaltou a médica.

Atualmente cerca de 30 mulheres estão sendo acompanhadas pelo Programa.

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