A Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) vem a público repudiar veementemente a conduta constrangedora e abordagem agressiva do vereador por Maceió Francisco Sales (PSB) à instituição, nesta segunda-feira (23).
No final da manhã desta segunda (23), o parlamentar municipal invadiu a sede do Instituto Bilíngue de Qualificação e Referência em Surdez (Ires) - área da Educação da AAPPE - e iniciou uma série de acusações, sem apresentar qualquer tipo de prova que pudesse sustentá-las, quanto à distribuição de cestas básicas que a instituição vem realizando desde o início da pandemia causada pela Covid-19.
A AAPPE esclarece que a entrega de cestas básicas refere-se a um benefício eventual, de iniciativa do Ministério da Cidadania, do Governo Federal, por meio da Portaria de n° 369/2020, como forma de garantir a alimentação das famílias em situação de vulnerabilidade social, diante da crise desencadeada pela pandemia.
Em Maceió, a ação tem sido intermediada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), que encaminham as cestas básicas às instituições, a exemplo da AAPPE, e, dessa forma, são repassadas para familiares e usuários dessas instituições.
Francisco Sales não somente invadiu a instituição com o intuito de filmar a suposta irregularidade a qual apontava e que, segundo ele, teria sido denunciada ao próprio vereador pelo Ministério Público do Estado (MPE), mas, anterior a isso, abordou, de forma invasiva, usuários da AAPPE que aguardavam por atendimento.
O vereador, que em nenhum momento fez uso de máscara, assim como pedem as autoridades de saúde diante da pandemia causada pela Covid-19, se dirigiu de forma bastante agressiva a uma assistente social da AAPPE e, posteriormente, à gerente da instituição, exigindo explicações baseadas em descontrole e agressividade, causando grande constrangimento às colaboradoras e a toda equipe que estava no local.
Diante do ocorrido, a AAPPE ressalta que condena todo tipo de conduta que venha a desrespeitar, oprimir ou constranger qualquer mulher, seja ela colaboradora da instituição ou não. Afirma que compreende e respeita o papel fiscalizador do vereador quanto às ações do Município, mas que não compactua com o tipo de abordagem agressiva vinda do vereador, ressaltando que está, e estaria na ocasião, disponível para esclarecer qualquer tipo de dúvida sobre as atividades da associação.
Por fim, a AAPPE reforça que está tomando providências quanto o ocorrido para que tal conduta do vereador seja repreendida e não mais volte a se repetir dentro ou fora da instituição.
*Com assessoria
