“Tudo isso caberá ao povo julgar”, diz Gilvânia Barros sobre o processo eleitoral

31/10/2020 08:00 - Política
Por Mara Santos* e Daniel Paulino*
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Com quatro mandatos como vereadora por Arapiraca, Gilvânia Gomes de Barros Pereira, a Gilvânia Barros, disputa pela primeira vez a Prefeitura de Arapiraca. A candidata do Solidariedade vem de uma família tradicionalmente política e fez da capital do Agreste seu reduto eleitoral.  

Em entrevista ao Cada Minuto, neste sábado (31), Gilvânia falou sobre a motivação para disputar o executivo municipal da segunda maior cidade do estado. Avaliou as candidaturas dos oponentes em meio a polêmicas e opinou sobre o número de candidatos a vereadores no município (são mais de 300).  

  Confira a entrevista completa:  

  Arapiraca é considerado o segundo município mais desenvolvido do Estado. A senhora acredita que a política tenha contribuído e pode contribuir para esse crescimento?  

 A política está presente no nosso dia a dia. E se for feita com boas intenções e otimizando o dinheiro público,os resultados aparecem. A política contribui. Mas em Arapiraca esse crescimento tem deixado a desejar. Estamos longe do exemplo de outras cidades do Nordeste, a exemplo de Petrolina, Feira de Santana, Campina Grande, Gravatá, Caruaru. Precisamos trabalhar e expandir a nossa vocação desenvolvimentista.  

  A senhora foi vereadora por quatro mandatos, o que a motivou a deixar a Câmara para disputar a prefeitura?  

  Deixei um legado de muito trabalho no legislativo para enfrentar esse desafio e fazer o que é certo e o que é justo. A minha candidatura nasceu do povo, das ruas. Não poderia deixar de caminhar com esse projeto junto com o povo, que é a quem devo satisfação e toda a minha trajetória política.  

  Como avalia a disputa ao executivo na cidade, diante da situação dos oponentes? (Barbosa com a polêmica envolvendo sua candidatura/ Freire que teria se lançado candidato sem o apoio do chefe do partido, Arthur Lira/Fabiana Pessoa após todo o episódio com Rogério Teófilo?  

 Tudo isso caberá ao povo julgar e também a justiça, no caso da candidatura indeferida. Mas respondendo mais direta, temos uma não candidatura, esperando a decisão judicial, outra com indefinições do comando do partido e a candidatura da atual gestão, que iniciou de forma tão desrespeitosa com o sentimento da memória do Rogério Teófilo e que hoje é a candidatura do poder econômico e do “poder político”. Eu acredito mais no poder do povo. É ele quem decide.  

  

Alguns eleitores afirmam que a câmara municipal de Arapiraca é apática, e que muitos vereadores estão no cargo há anos e pouco fizeram efetivamente pela cidade. Como a senhora avalia essa afirmação?  

  

Posso falar por mim e pelo meu trabalho. Os outros serão também julgados pela população. Tenho consciência da minha atuação. Não faltaram esforço nem coragem para trabalhar. Naquilo que não foi possível, tentei acertar. Tivemos também muitas virtudes e conquistas, apesar das limitações do papel do legislador, que é o de pedir. Agora quero fazer, o que não foi atendido e desconsiderado pelas administrações ao longo desse tempo.  

  

O município tem 356 candidatos a vereador. A que a senhora atribui esse número de postulantes?  

  

Isso é bom para a democracia, a vontade de participar da política enriquece o debate. É um direito do cidadão e da cidadã em se candidatar. Desde que a participação seja com bons propósitos,ela é salutar. O eleitor deve ter opção de escolha e escolher bem.  

 

*Estagiários sob a supervisão da editoria

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