Mulheres na Mineração: Projeto Serrote tem mais de 120 delas trabalhando

29/10/2020 10:29 - Notícias
Por Asssoria
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Há quase 100 anos, a primeira mulher do mundo a ingressar no setor de mineração provava que elas são capazes de tudo.

Em 1926, Emily Hahn era uma então estudante de Artes da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, quando ouviu de um professor que a mente feminina não conseguiria “lidar com os princípios da mecânica, da alta matemática ou com qualquer fundamento do ensino da mineração”. Naquele ponto, ela resolveu mudar de curso e fazer Engenharia de Minas.

Essa tomada de decisão da estudante americana foi pioneira e reflete hoje uma pujante realidade em empresas como a Mineração Vale Verde (MVV).

No Projeto Serrote, em Craíbas-AL, e no escritório da companhia, em Belo Horizonte, ao todo, há 121 mulheres atuando em seus postos de trabalho, seja nos prédios administrativos ou no campo.

Os números demonstram que, ano após ano, as mulheres vêm rompendo obstáculos impostos pela sociedade e conquistando seu espaço de direito. Afinal, a figura feminina é capaz de estar onde ela desejar.

Para Fernanda Tavares, analista de Recursos Humanos (RH) da MVV, trabalhar em um local majoritariamente masculino é desafiador.

“Vivemos em uma sociedade ainda machista, infelizmente. Isso torna, portanto, o papel da mulher ainda mais contundente e brilhante nesses tempos de mudança. Além de profissionais, ainda somos mães, filhas e esposas. Com muita coragem, disposição e dedicação, buscamos alcançar cada vez mais nosso lugar no mundo corporativo”, diz ela, que já tem dois anos na empresa.

Já analista administrativa Leyla Bezerra está na MVV há apenas dois meses e destaca que o ambiente tem sido de muita ajuda mútua.

“Apesar de estar numa empresa onde a maioria é masculina, nunca me senti discriminada. Vivemos em um clima de muito respeito, de direitos e deveres iguais para ambos os sexos”, completa.

Segundo a engenheira de Minas, Ana Luisa Ramos, a MVV tem sido para ela uma grande experiência, onde está se “re-conhecendo” como profissional, de fato. E nesse caminho, Ana acredita que ser mulher só a fortificou.

“Ainda que aparente ser generalista, sinto que a sensibilidade da mulher, o tato na fala e uma melhor leitura dos sentimentos humanos têm acrescentado muito no meu trajeto por aqui. São características que tento trazer cada vez mais no meu dia a dia. Isso facilita na minha relação interpessoal e me ajuda a ter o ambiente harmônico que procuro no trabalho. De forma particular, sou uma mulher utópica e, até o fim, vou tentar acreditar que a verdade, o amor legítimo pelo ser humano, a alegria e a comunicação não violenta são características essenciais para se criar um novo jeito de se trabalhar em ambientes majoritariamente masculinos, onde um olhar cartesiano e egoico costumavam prevalecer”, coloca ela, que recentemente foi promovida à coordenadora de Planejamento de Mina da MVV.

Neste mês, reverencia-se o Outubro Rosa, que vai além da prevenção ao câncer de mama, com foco nas mulheres. Este mês traz o autocuidado, mas também a mostra de que elas podem andar no mundo de acordo com suas próprias vontades e competências. Isso também deve ser pontuado e comemorado.

SOBRE A APPIAN

Desde 2018, 100% do capital da MVV pertence a um fundo de investimentos administrado pela Appian Capital Advisory LLP focado em mineração. O fundo também possui um ativo no Brasil no município de Itagibá (BA), denominado Atlantic Nickel, com foco na produção de concentrado de níquel sulfetado e capacidade nominal de 120 mil toneladas/ano, que voltou a operar em janeiro de 2020. Sediada em Londres, a Appian possui ainda escritórios em países como África do Sul e Canadá.

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