A disputa pela prefeitura de Traipu ganhou um novo capítulo esta semana, após a ex-prefeita, Conceição Tavares, cobrar a conclusão de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que não foram concluídas em sua própria gestão. Ela culpa o atual prefeito pelas obras paralisadas, mas a construção não foi concluída por conta de inúmeras irregularidades encontradas nestas obras. 

As unidades começaram a ser edificadas em 2015 quando Conceição era a prefeita da cidade. Agora, a candidata usa as redes sociais para responsabilizar o prefeito Silvino Cavalcante (PSD), candidato a reeleição. Vale lembrar que a Procuradoria do Município orientou a paralisação dos trabalhos após perícia técnica que identificou inúmeras desconformidades, desde a escolha do terreno até os materiais utilizados, de baixa qualidade. 

A construção da UBS da Rua 13 de Maio, por exemplo, foi iniciada em 15 de junho de 2015, com prazo de conclusão de quatro meses. No entanto, a obra foi paralisada antes de concluída e segundo a prefeitura, Conceição Tavares teria efetuado pagamento de aproximadamente R$ 800 mil à empreiteira responsável. A obra não foi concluída e os recursos públicos não foram devolvidos.

A Câmara Municipal de Traipu chegou a criar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar as responsabilidades pelas irregularidades e a prefeitura de Traipu ajuizou uma ação em que responsabiliza a ex-prefeita Conceição Tavares pelo crime de improbidade administrativa. Segundo o advogado Arykoerne Lima Barbosa, o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) teriam se manifestado pela condenação da candidata a prefeita.

Segundo a assessoria da candidata, não existe qualquer ação de improbidade contra a ex-prefeita Conceição Tavares e que as denúncias são infundadas e foram negadas pela Justiça Federal, com sentença julgada em definitivo. Ou seja, as obras executadas por Conceição Tavares estão de acordo com a Lei.