É um domingo desses de sol estourando calor em epidermes e trazendo um abafamento terrível ,por baixo da máscara proteção.
Retorno da caminhada diária, ao longe avisto os 4 meninos /adolescentes, todos pardos, quase pretos,que seguem em direção à praia de Jatiúca, utilizando o corredor Vera Arruda, como atalho.
Ao passar por eles ouço, um retalho de conversa, um dos meninos, o mais "clarinho" do grupo provoca os outros: aposto que todos vocês já foram parados pela polícia, menos eu.
Um deles responde:- Eu já fui parado na porta da casa da minha namorada. Foi pesado, 'veio".
Não ouvi nem o começo, nem o fim da história mas deduzo que o menino mais “clarinho” , reproduz conceitos sociais do apartheid, em Maceió. Por se sentir "branco", percebe-se privilegiado...
Eram quatro meninos indo a direção à praia, em um domingo de sol escaldante, conversando sobre racismo estrutural.
O que dizem os candidat@s que invadem às periferias pretas, nas campanhas eleitorais, em Maceió, sobre as opressivas abordagens policiais com o povo preto?