O dono de uma loja de açaí, localizada no bairro do Graciliano Ramos, parte alta de Maceió, procurou a redação do CadaMinuto para denunciar que foi destratado, humilhado e quase chamado de “ladrão” por um morador de um condomínio, localizado no bairro Cidade Universitária, quando realizava uma entrega.
De acordo com o proprietário do ‘O Imperador Açaí & Milk Shake’, Edervan Souza Silva, ele foi até o Condomínio Residencial Ruth Lyra, na noite desta terça-feira (13). Por volta das 21h30, para realizar uma entrega de açaí feita por um cliente habitual do estabelecimento, pois o seu entregador estava de folga.
Ainda de acordo com Edervan Silva, ao chegar no condomínio, composto por 12 casas, ele estacionou a moto e se dirigiu diretamente ao interfone, apertou diversas vezes, mas o aparelho não chamava e aparentava não estar funcionando. O microempresário relatou que o portão estava aberto e imaginou que seria porque o interfone não estava funcionado. Ele conta que entrou e se dirigiu a casa de número 7, onde faria a entrega do pedido, mas foi abordado, de forma agressiva, por um morador do condomínio, identificado apenas como “Sérgio”.
“Quando eu entrei e estava perto da casa do meu cliente o senhor Sérgio, veio em minha direção e me abordou, perguntou qual era a casa que seria feita a entrega e respondi. Então, ele falou: -'Você tem autorização para entrar aqui?' Falei que havia apertado o interfone, mas que não estava funcionando e o portão estava aberto, imaginei que justamente por esse motivo estava aberto, por isso entrei”, conta Edervan.
O dono da loja de açaí disse que o homem afirmou que ele mesmo teria deixado o portão aberto e que era responsável pelo que acontecesse dentro do condomínio. Em seguida, mandou ele ir para fora do residencial e falar pelo interfone. “Eu perguntei se ele estava me chamando de ladrão e ele não respondeu”, completou o rapaz.
Edervan conta que voltou a explicar a situação para o morador, mas ele se recusava a ouvir e pedia para ele se retirar a todo o momento. Próximo da casa onde faria a entrega, Edervan foi proibido de passar e não conseguiu chegar. Ele então decidiu ligar para o seu cliente em meio a pedidos constantes do morador para que ele se retirasse do local.
“Eu perguntei para ele se ele iria me retirar e pedi para ele não tocar em mim. O senhor Sérgio disse que não estava me tocando e me perguntou se eu queria que ele chamasse a polícia. Respondi que sim, ele poderia chamar”, diz Edervan.
O rapaz conta que, enquanto ligava para o cliente, o morador disse que iria fechar o portão com ele dentro do condomínio e que ele “se virasse” para sair, caso o cliente não o atendesse.
Minutos depois, o cliente atendeu a ligação e saiu para pegar o pedido. Edervan disse que relatou o ocorrido para o cliente, que o pediu desculpas, mas o morador, ainda mais irritado, disse que ele não deveria pedir desculpas a alguém que “invadiu” o condomínio. Segundo Edervan, seu cliente rebateu o morador e disse que o entregador não tinha invadido, pois ele tinha autorizado sua entrada no local.
“Foi quando perguntei se ele estava me chamando de ladrão novamente, mas ele ficou calado mais uma vez. No entanto, quando eu estava de saída, acompanhado pelo meu cliente na frente do condomínio, o senhor Sérgio gritou, lá de frente da casa dele: “ Agora ladrão está escrito na testa”, contou Edervan, em tom de revolta.
O jovem contou que ficou parado sem entender, nem acreditar que aquilo havia acontecido com ele. Disse que o seu cliente voltou a pedir desculpas e informou que o morador já é conhecido por ser grosseiro e tratar as pessoas mal, inclusive que já teria tido atritos com muitos vizinhos e que há um Boletim de Ocorrência registrado contra Sérgio, por ameaça.
“Eu fiquei na porta do condomínio sem acreditar que aquilo tinha acontecido comigo. Eu estava sozinho, me justifiquei. Ele deveria ter me abordado com mais educação, ter observado para onde eu estava indo e depois, caso achasse necessário, ter falado com o vizinho, ou comigo mesmo de uma forma menos ofensiva. Agora eu chegar e ele já insinuar que eu sou ladrão, isso não pode”, pontuou.
Edervan afirmou que já entrou em contato com um advogado e que estuda a possibilidade de entrar com uma ação contra o morador do condomínio.
Veja o vídeo enviado por Edervan Silva ao CadaMinuto: