O pesquisador e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Abel Galindo, afirmou em uma entrevista ao Jornal Tribuna Independente que acredita no aumento do risco no cenário da instabilidade do afundamento de solo. 

Conforme as avaliações de Abel, ainda não há embasamento suficiente para que possam afirmar de fato, até quando os bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro podem serem atingidos pelo fenômeno causado pela mineradora Braskem. 

“Enfim, temos uma situação muito imprevisível, eu vejo hoje aquela área todo como em deformação e vai continuar se deformando. Nos próximos meses, seis meses, um ano, vamos ter uma deformação muito grande”, disse Abel. 

Alguns moradores da região do bairro do Farol, receberam recentemente a visita de técnicos da Defesa Civil Municipal, depois que contataram possíveis fissuras em suas residências.

O VLT não voltará a circular 

Questionado pela reportagem sobre a possibilidade do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, voltar a circular na região que hoje é afetada de maneira direta pelas consequências da mineração, o professor universitário explicou que isso deve ser descartado pelas autoridades, pois a situação ficará muito pior nos próximos meses. 

“As deformações vão crescer muito e não tem a menor chance de ter VLT ou parquezinho na Major Cícero de Góes Monteiro, todo o problema está entre o IMA e o Colégio Bom Conselho, ali teremos grandes deformações nos próximos meses e aumentado cada vez mais, isso com certeza pode provar colapso em alguns pontos. A probabilidade de acontecer deformações de grande intensidade é eminente”, comentou Galindo.