De acordo com os dados do Instituto Biota, neste ano, de janeiro a setembro foram registrados 687 encalhes de animais marinhos, sendo 15 mamíferos, e apenas 1 vivo: golfinhos, baleias e peixe-boi; e 672 tartarugas. O registro mais recente de encalhe, ocorreu com um boto cinza, registrado em Jequiá da Praia, em Alagoas.
Segundo informações do Biota, o golfinho da espécie Sotalia guianensis (Boto cinza) era adulto e media 1,67 metros de comprimento. O animal que foi encontrado em uma área isolada da praia estava encalhado e com ferimentos no corpo e morreu por afogamento.
Ao CadaMinuto o presidente do Instituto Biota, o biólogo Bruno Stefanis, explica que o monitoramento de animais marinhos no estado ocorre uma vez por dia, durante a maré baixa.
“O monitor percorre determinados trechos, decidimos que são nove no litoral. Hoje em dia, estamos fazendo de forma escalonada, ou seja, algumas vezes por semana monitoramos alguns trechos. Não funciona de forma sistemática, ou seja não estamos cobrindo todo o estado todos os dias e com isso o número tende a diminuir”, explica.
Segundo o Biota, os anos que mais ocorreram encalhes foram 2018 e 2019. No entanto, para o biólogo, não é possível determinar através dos registros se houve um crescimento no número de encalhes ao longo dos anos.
“Precisaríamos fazer essa procura constante todos os anos para daí ir comparando ano a ano o número de encalhes”, enfatiza.
Para Bruno, a ajuda da população é essencial para o registro de acompanhamentos do Instituto Biota nos casos de encalhe de animais.
“A população pode nos ajudar de diversas formas, primeiramente entrando em contato com o Biota ao avistar o animal, passando informações. A população também pode fazer doação de materiais e de produtos. Nosso trabalho é cem por cento voluntario, qualquer ajuda nesse sentido é bem-vinda, porque cada vez que temos doações investimos em mais áreas monitoradas, em mais tempo possível”, finaliza.