Pandemia: Só no primeiro semestre, AL teve 27mil postos de trabalho perdidos, afirma Fecomércio

30/09/2020 14:06 - Geral
Por Ascom Direto da Província
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Durante mais uma edição do programa Direto da Província, a assessora tributária da Fecomércio/AL, Andressa Targino, afirmou que só no primeiro semestre de 2020, mais de 27 mil postos de trabalho foram perdidos em Alagoas. Sendo 20 mil no setor da indústria e mais de sete mil no setor de comércio e serviços. “No setor da indústria as demissões já eram esperadas devido à entressafra, mas com a pandemia os números de demissões no estado foram ainda maiores. Não tivemos como fugir da média nacional”.

A live, conduzida pelo jornalista Luis Vilar, aconteceu na noite desta terça-feira (29), no Instagram do portal CadaMinuto (@portalcadamin).  

De acordo com Targino, os impactos na economia são imensuráveis. “Só este ano 1.376 empresas tiveram que fechar as portas em Alagoas”. Ela pontua que o Nordeste foi além da média nacional, com mais de 20% dos empreendimentos fechados. “Boa parte das empresas já passava por algum tipo de dificuldade. A pandemia só acelerou o processo de fechamento”.

A pandemia penalizou os setores da economia em intensidades diferentes. Segundo a assessora tributária, um dos segmentos mais afetados no estado foi o turismo. “Alagoas tem 712 empresas de hospedagem. Em Maceió o mercado do turismo emprega em média 15 mil pessoas, direta e indiretamente. Mas neste ano, de março a julho tivemos uma taxa de ocupação histórica de 0%”, afirmou.

Andressa menciona que esses impactos seriam ainda maiores sem as medidas provisórias ofertadas pelo governo federal. “O auxilio emergencial veio para desafogar o empresário que não ia conseguir manter o funcionário, e ao mesmo tempo conseguiu injetar na economia o dinheiro que foi reaplicado com o consumo. Agora com a queda de 50% nos auxílios a economia vai sentir um pouco”, disse.

Fortalecimento do comércio pós-pandemia

A assessora tributária destaca que desde o início da pandemia a Fecomércio atuou fortemente no esclarecimento de dúvidas e na proposição de medidas junto ao governo de estado. “A interpretação dos decretos gerou muitas dúvidas e nós, enquanto federação, abrimos os canais de atendimento para atender os empresários e trabalhar na elaboração de propostas”.

Questionada sobre como a Fecomércio tem projetado a retomada da ‘normalidade’ no pós-pandemia, Targino ressalta que um dos focos da federação é estruturar o empresário para o retorno. “A gente tem focado em preparar os empresários com capacitações, parcerias, planejamento de reestruturação, mentorias... São vários módulos que vão possibilitar o empresário a aplicar e fortalecer suas empresas. A ideia desse projeto é atingir o máximo de setores possíveis”.

Andressa destaca também que a federação, pensando em estreitar os laços com a classe empresarial, criou o projeto das Câmaras Empresariais. Que são ambientes colaborativos para esclarecimento de demandas, formadas por representantes de vários setores. “Nós vamos catalisar as demandas, organizar e direcioná-las dentro da estrutura da Fecomércio, seja ela econômica, técnica ou legislativa”.

Em relação à reforma tributária, Targino ressalta que a Fecomércio tem feito vários estudos e propostas que atendam as demandas de forma justa. “Diante do cenário de tantas incertezas dessa reforma, a gente espera que o projeto aprovado consiga, minimamente, reduzir as complexidades e diminuir a carga tributária. Vemos isso com muita preocupação e com otimismo”, finalizou.

 

 

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