Pesquisas divulgadas na semana passada mostraram que a aprovação do governo Jair Bolsonaro cresceu para 40%, o maior percentual desde o início do mandato. Um dos maiores críticos do presidente no Senado, Renan Calheiros (MDB) destacou o impacto do pagamento do auxílio emergencial nesse crescimento, mas avaliou também que “é evidente que ele (o presidente) revisou o próprio estilo”.

O senador falou sobre esse e outros assuntos em entrevista ao CadaMinuto na sexta-feira (25), na sede do MDB, em Maceió.

Independente das pesquisas de opinião, Calheiros defendeu que agora é o momento de retomar as reformas necessárias para o Brasil e definir a transição do Bolsa Família para um programa social com resultados. 

“Quero colaborar com soluções para os problemas do país, independente do meu posicionamento político com relação ao governo", ressaltou, em um tom mais ameno.

Decisão política

“Acho a reeleição um precedente ruim”, respondeu Calheiros sobre a possibilidade da recondução do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), que teria sido o assunto de um jantar ocorrido há alguns dias na casa da senadora Kátia Abreu (PP). 

Afirmando que tem uma “excelente” relação com Alcolumbre e com o presidente da Câmara, deputado Davi Maia (DEM), o alagoano argumentou: “Já é possível ser reeleito no início das legislaturas, mas ao final será uma decisão política”, disse, completando que, desta decisão participará “muita gente despreparada vindo da última eleição”.

A hipótese da reeleição para cargos da Mesa Diretora no Congresso Nacional dentro da mesma legislatura, que seria vedada pela Constituição Federal, deve ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Retomada

Sobre a reunião ocorrida na quinta-feira passada, com Paulo Guedes, da qual participou junto com a senadora Kátia Abreu, Renan se disse satisfeito em retomar as conversas com o ministro da Economia, com quem sempre teve uma “boa relação e boas conversas”.

Ele também comemorou o fato de o ministro ter garantido mais R$ 10 bilhões para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e a mudança da alavancagem de 1.17 para a garantia aportada para 1.4 o que, na prática, irá beneficiar às micro e pequenas empresas.