O governo federal deverá anunciar nesta terça-feira (01), a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro com o valor reduzido pela metade: deixará de ser de R$ 600 e passará a ser de R$ 300. De acordo com o economista Cícero Péricles, o impacto na economia alagoana será sentido já nesse primeiro mês, tanto na capital quanto no interior.
Cícero Péricles alertou que essa redução e o fim do pagamento do auxílio provocará um impacto em toda economia alagoana, principalmente no setor de comércio. “Haverá uma queda no consumo e isso vai impactar em toda economia alagoana”, completou ele.
Somente entre os meses de abril a agosto, Alagoas recebeu em seu comércio a injeção de mais de R$ 3 bilhões, com o pagamento do auxílio emergencial, mas com essa redução, nos próximos quatro meses é esperado pouco mais de R$ 1 bilhão.
Cícero Péricles coloca que com isso, os alagoanos passarão a sentir mais a taxa de desemprego e a redução do consumo vai impacto outros segmentos da economia, como a industria e a agricultura.
Governo Federal
O auxílio emergencial acabou turbinando a aprovação do presidente Jair Bolsonaro. O presidente, no entanto, queria no início da pandemia pagar parcelas de apenas R$ 200. O valor de R$ 600 foi conquistado graças à atuação de parlamentares, principalmente da oposição, no Congresso Nacional.
“Eu falei semana passada que R$ 600 é muito e o pessoal bateu em mim: ‘vá viver com R$ 600’. É muito para quem paga, é muito para o pai. Quem paga não sou eu, quem paga é o país. Tem gente que fala ‘esse dinheiro é nosso’, mas o dinheiro não é teu, é endividamento. Você vai pegar o dinheiro no banco, o dinheiro não é seu, você está se endividando. É R$ 58 bilhões por mês”, disse o presidente.