Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra uma queda de 2,5% na variação mensal. No comparativo anual, as famílias estão consumindo 13,52% menos do que no mesmo mês do ano passado.
Segundo o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, um dos principais motivos para esse recuo é o medo dos consumidores em perderem seus empregos. “Na comparação de julho ante junho, houve uma queda de 1,2% sobre a segurança de manterem seus atuais empregos. Quando isso ocorre, os consumidores tendem a frear seu consumo evitando qualquer surpresa adiante”, avalia.
Ainda de acordo com o levantamento, que aponta queda de consumo pelo quarto mês consecutivo, outro aspecto que freou o consumo foi a percepção dos indivíduos de que não ocorrerá melhora profissional até o final do ano, tendo uma queda de 3% neste subindicador quando comparado a junho, o que, junto ao medo de perder o emprego, reduz a intenção de consumo.
A renda atual caiu 1,5%, o que se explica devido à pandemia e ao isolamento social. “Muitos consumidores tiveram sua renda diminuída, seja por serem autônomos e passarem a receber o Auxílio Emergencial ou por atuarem em empresas que reduziram a carga horária e, com isso, terem uma pequena queda na renda temporariamente”, reforça o economista.
*Com assessoria