Em ano eleitoral, o clima em cidades do interior de Alagoas fica um pouco tenso, principalmente entre servidores e o chefe do Executivo Municipal, que em alguns casos usa de todo o “armamento” possível para retaliar aqueles que não compactuam com sua gestão.
Na cidade de Capela, localizada há 19 km da capital, a realidade não é diferente. É que servidores concursados há mais de 20 anos, acabaram sendo retaliados por parte do prefeito Adelminho Calheiros (MDB), depois que declararam seu apoio à candidatura de oposição.
“Minha maior queixa é o corte de 1/6 de férias, pois preciso desse dinheiro para dar conta dos custos. Sustento minha casa e a lei me assiste. Não vou me calar”, disse a professora Michelie Borges, que foi alvo da perseguição política.
Além da educadora, outro servidor que compõe o quadro de funcionários de limpeza urbana da cidade também disse que foi alvo da prática coronelista do gestor. “No início da gestão do atual prefeito, cortaram meu incentivo de R$ 250. No mês seguinte cortaram minha insalubridade, mas eu continuo atuando em uma área de risco”, explicou Eduardo dos Santos.
Em uma das tentativas de contato com o gestor do município, ele informou que para que a imprensa tenha acesso a alguma resposta por parte do executivo municipal, é necessário ir até a sede do órgão, protocolar o pedido, para que o jurídico possa responder.