Presidente da Petrobras diz que acordo de venda da Braskem deve sair em seis meses e cita "problema em Alagoas"
A Petrobras espera chegar a um acordo junto à Odebrecht para dar início a uma possível venda da Braskem em até seis meses. A declaração foi dada pelo diretor executivo da petroleira, Roberto Castello Branco, em uma live produzida por um banco, nesta segunda-feira (6). Ele afirmou que as negociações também visam resolver o problema em Alagoas.
“Temos um longo caminho. Espero que estejamos prontos em seis meses. Há alguns atrasos e estamos acelerando as negociações para resolvermos o problema em Alagoas”, disse o diretor da Petrobras, se referindo as rachaduras e afundamentos registrados em bairros de Maceió, que fizeram com que famílias e comerciantes das regiões atingidas deixassem suas casas e estabelecimentos.
A estatal possui 47% do capital votante da gigante Braskem. Segundo Castello Branco, a Petrobras vai definir a previsão de investimentos para os próximos anos apenas depois de concluir o trabalho de revisão do portfólio da empresa, que está em andamento.
Durante a live, o CEO da companhia petrolífera comunicou que o novo acordo, que prevê a conversão das ações preferenciais em papéis com direito a voto, permitiria à Petrobras vender sua participação na Braskem por transação no mercado de capitais.
Também em um evento virtual, na última quarta-feira (1), a diretora financeira da Petrobras, Andrea Almeida, afirmou que a empresa planeja dar mais tempo para que potenciais investidores façam ofertas por ativos da companhia, o que inclui as parcelas na Braskem.
De acordo com a executiva, o desinvestimento da fatia na Braskem ainda este ano seria desejável, porém “pode não ser possível” devido aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre os mercados financeiros.
*Sob supervisão da editoria
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