Com alta de 250% em enterros, Prefeitura de Maceió já procura área para novo cemitério

14/05/2020 12:00 - Maceió
Por Raíssa França
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A Prefeitura de Maceió está buscando uma nova área para construir um cemitério devido ao aumento de mortes por causa da covid-19. O secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gustavo Torres disse que com a chegada da pandemia há uma média de 25 a 30 sepultamentos por dia. “Não esperávamos isso. Tivemos uma alta de 250%", afirmou.

Em entrevista à rádio Difusora na manhã desta quinta-feira (14), Gustavo disse que normalmente os cemitérios públicos registravam uma média de seis a oito sepultamentos por dia. “Infelizmente o quantitativo aumentou mais do que esperávamos. Muitas pessoas estão com medo de ir aos hospitais e estão falecendo em casa por outras doenças também”.

O secretário disse que 90% dos sepultamentos acontecem no cemitério São José, no bairro do Trapiche, mas que diante da situação atual, a prefeitura está reabrindo espaços e busca um novo local para a construção de outro cemitério.

“Estamos desocupando áreas do cemitério, reabrindo espaços e deixando até covas abertas. Tiramos até parte da pista para que o espaço fique maior no São José”, ressaltou Gustavo.

Torres disse que a Sudes tem conversado com os cemitérios privados para comprar os serviços funerários em caso de necessidade. “Caso a gente precise ampliar os cemitérios, nós precisamos buscar novos terrenos, como o do parque das flores do Benedito Bentes”.

Gustavo também comentou sobre os funerais que estão ocorrendo e disse que, por enquanto, 10 pessoas podem participar do enterro de uma pessoa que morreu pela covid. “Em casos de não covid são 30”, disse.

Ele informou que Maceió ainda permite funeral ou sepultamento. “Mas Maceió não está diferente das outras cidades. Se continuar a crescer, pode chegar o momento de proibir esse número de pessoas. Não é uma medida que queremos tomar”, comunicou.

O secretário reforçou a importância do isolamento social e disse que a prefeitura estava se preparando para ter de 14 a 18 sepultamentos por dia - contando os casos de covid e não covid -. “Mas estamos com um terço a mais. Estamos abrindo covas, buscando ampliação do cemitério… É um momento doloroso. É preciso que as pessoas fiquem em casa”.

Ontem, de acordo com o secretário, o cemitério chegou a ter uma fila com 14 pessoas para sepultamento. 

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