A pandemia do novo coronavírus mudou a vida da população alagoana. Para evitar o contágio e a contaminação uma série de medidas de isolamento social foram determinadas no decreto de emergência. Uma das restrições é a abertura de bares e restaurantes, além do impedimento de consumo de alimentos em locais públicos, tudo isso para evitar a aglomeração de pessoas.
Para se reinventar, e passar por este momento, o setor de alimentos apostou no sistema delivery e pegue e leve o que representado uma forma de se manter no mercado para cerca de 40% dos associados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), comentou seu presidente Thiago Falcão.
Segundo Falcão “os empresários tem visto alguns aspectos no formato pegue e leve como, o incentivo da plataforma Ifood que não gera comissionamento, ou seja, ele não tem que pagar a taxa que é cobrada pelos aplicativos, logo alguns usuários vem fazendo a liberação do sistema pegue e leve e isso reduz os custos dentro de sua empresa”.
O presidente da Abrasel destacou ainda que esse novo formato de atendimento tem um papel importante dentro do comércio local fazendo com que as pessoas dentro de sua proximidade escolham os estabelecimentos vão buscar os pedidos, sem pagamento de taxa de entrega e podendo fazer uma operação muito mais rápida e prática.
Prejuízos
No entanto, Thiago Falcão comentou que já se apresenta uma média de 80% de prejuízo do setor, “mesmo com os 40% que estão funcionando, porque apesar do delivery, para alguns estabelecimentos representa cerca de 10% a 15% seu faturamento total antes da pandemia”.
Outro ponto observado é que “a grande maioria dos estabelecimentos trabalhava no sistema de salão ou funcionamento misto e essas casas tiveram o maior prejuízo do setor e outras estão totalmente fechadas”, lamentou Falcão.
Colaboração do público
“O público está colaborando demais”, comentou o presidente da Abrasel, nos locais de pegue leve os clientes chegam com o objetivo de retirar o produto e retornar para suas casas. Houve uma mudança de comportamento. Hoje não se faz mais necessário que os colaboradores abordem para pedir a limpeza das mãos com álcool em gel, isso já virou rotina, todos chegam de máscara”.
“Há um nível de consciência muito forte da população e isso é muito importante para nós, principalmente a proteção de nossos próprios colaboradores”, falou Thiago Falcão reforçando que não há nenhum registro de aglomeração nos bares e restaurantes.
Dia das Mães
Considerada uma das datas de maior movimento no setor de bares e restaurantes, o Dia das Mães deste ano será diferente. Devido ao isolamento social muitos estarão longe das homenageadas e outros, que tinham o costume de comer fora vão ter que optar pelo delivey ou pague leve.
Mesmo com essas limitações o presidente da Abrasel disse que “para o Dia das Mães estamos bem otimistas e acreditamos que deva haver um fluxo grande nas encomendas de forma prévia e também as próprias compras feitas no dia. Esperamos ter resultados positivos para aqueles que estão em funcionamento”.