Ronaldo Lessa – só não foi senador.

24/04/2020 12:49 - Marcelo Bastos
Por Redação
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A trajetória política de Ronaldo Augusto Lessa Santos iniciou-se 1982, quando foi eleito pelo PMDB a deputado estadual com 10.484 votos, ficando em 20° lugar dentre as vinte e quatro vagas em disputa.

Nas eleições de 1986, Ronaldo Lessa (PSB) foi candidato ao governo de Alagoas. Foi o terceiro colocado com uma votação de 30.073 votos (3,97%). Ronaldo foi candidato da Frente Popular que representava os dissidentes do PMDB, onde a maioria se filiou ao PSB, PDT, PCB e ao PT. Apesar de uma votação insignificante que obteve, criou a partir daquela eleição, uma nova alternativa de poder. A coerência de Lessa de não se aliar a Fernando Collor (colorir) fez nas eleições seguintes seu crescimento político.

Ronaldo Lessa, na eleição de 1988 foi eleito vereador por Maceió com 1.404 votos, ficando em 15° lugar dentre as vinte e uma vagas em disputa.

Nas eleições de 1990, Ronaldo Lessa (PSB) foi candidato pela segunda vez a deputado estadual, obtendo 1.933 votos, não logrando êxito. Ficou na 3ª suplência da sua coligação.

Ronaldo Lessa, na eleição de 1992 foi eleito no segundo turno prefeito de Maceió com uma votação de 97.770 votos. Três fatores foram decisivos para a sua consagradora vitória: o sentimento de oposição que nutria o eleitorado de Maceió, o candidato que incorporou o anti-collor e a união de toda a oposição.

Nas eleições de 1998, Ronaldo Lessa (PSB) foi eleito no primeiro turno governador de Alagoas, com uma votação de 387.021 votos (58,09%). Lessa, naquela eleição conseguiu reunir toda a oposição e além disso tinha uma imagem muito positiva da sua gestão à frente de prefeitura de Maceió. A situação financeira difícil do Estado e a fragilidade do candidato da situação Manoel Gomes de Barros, facilitaram a sua vitória.

Ronaldo Lessa, na eleição de 2002 foi reeleito governador de Alagoas, com uma votação de 553.035 votos (52,93%). Três fatores foram importantes para a sua vitória: a avaliação positiva da primeira gestão, a estrutura da máquina do município de Maceió e do Estado a seu favor e o voto anti-collor.

Na eleição de 2006, Ronaldo Lessa passou toda a campanha sub judice, situação essa que foi determinante para sua derrota, já que durante toda a campanha, seus adversários geraram movimentos direcionados a afirmar a ideia de que os votos a ele direcionados seriam nulos. Apesar de todos os artifícios usados para derrotá-lo, ele perdeu a eleição para Fernando Collor com uma pequena diferença de 3,96%.

Na campanha de 2010, Ronaldo Lessa foi candidato ao governo sob a promessa de ter uma campanha com muitos recursos e da participação ativa da candidata a Presidenta Dilma e do Presidente Lula. As promessas não foram concretizadas e a campanha prosseguiu com mínimos recursos, enquanto que seu adversário Teotônio Vilela Filho fez uma campanha milionária e ainda teve a seu favor a máquina do Estado (Campanha do milhão contra o tostão). Apesar de todas as adversidades, Ronaldo perdeu aquela eleição com uma diferença de apenas 5,48%.

Na eleição de 2012, Lessa, mais uma vez, passou a eleição inteira sub judice, e faltando exatamente três dias para a eleição, o registro de sua candidatura foi negado por unanimidade no pleno do Tribunal Superior Eleitoral, consequentemente levando seu então adversário principal, Rui Palmeira, a ganhar a eleição praticamente sem disputa.

Na eleição de 2014, depois de tantos baques sofridos em eleições passadas, ele decidiu não alçar voos mais altos e resolveu ser candidato a Deputado Federal. Apesar de ter sido uma campanha com poucos recursos, ele foi eleito em 5º lugar, com uma votação de 88.125 votos.

Na eleição de 2018, as pesquisas apontavam Ronaldo Lessa como um dos mais fortes candidatos ao Senado da República, contudo, o mesmo não fez a leitura do momento político, não teve a ousadia de outrora, e deixou passar uma grande oportunidade de ser Senador por Alagoas; foi candidato a reeleição para Deputado Federal e cometeu um equívoco na aliança que fez, amargando assim uma derrota que o deixou na 1ª suplência para Deputado Federal, com 55.474 votos.

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