A Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio) divulgou informações sobre o que representa o auxílio emergencial na economia da Terra dos Marechais nesse momento. 

 

Segundo os dados apresentados pela Fecomércio, até a noite do dia 13, mais de 34 milhões de pessoas, em todo o país, se inscreveram para receber o auxílio de R$ 600. 

 

Para a economia alagoana, que vive um momento difícil em função do fechamento da maioria das atividades econômicas, isso representa um injeção de R$ 579,6 milhões por mês. Ao todo, como se tratará de um trimestre de vigência do auxílio, isso representará mais de R$ 1,7 bilhão. 

 

Esse valor vem em um momento de perdas. É válido lembrar, por exemplo, que o setor do Turismo calcula uma queda de R$ 1,5 bilhão. Já a Fecomércio divulgou que as perdas nas atividades comerciais será de R$ 1,6 bilhão, levando em consideração aproximadamente 30 dias de paralisação. 

 

A entidade fala de prejuízos de R$ 53 milhões/dia, além evidentemente do desemprego em massa e as falências que devem ocorrer. 

 

Os dados da Fecomércio – conforme  assessor econômico Felippe Rocha – leva em consideração a mostragem do PNAD, feita pelo IBGE e o relatório de informações sociais do Ministério do Desenvolvimento Social. 

 

Em Alagoas são 386.376 famílias inscritas no Bolsa Família e, portanto, aptas a receberem o auxílio emergencial. Contabilizando apenas os dados desse programa social, a injeção na economia é de R$ 231,8 milhões. O restante do valor vem pelas projeções em relação a outros grupos que possuem o direito. 

 

“Obviamente, o valor na capital a ser percebido será ainda maior, já que existem trabalhadores informais, autônomos, empregadores sem CNPJ e trabalhadores por conta própria sem CNPJ também. Contudo, as planilhas da PNAD contínua, fornecidas pelo IBGE, não descrevem o número desses trabalhadores na capital, como faz nas planilhas para o Estado de Alagoas. Assim, podemos apenas analisar a renda injetada pelos que estão cadastrados no CadÚnico”, pontua ainda o economista. 

 

O maior volume – além de Maceió – deve circular em Palmeira dos Índios, União dos Palmares, Penedo e Arapiraca. A previsão é que os setores que mais se beneficiem sejam o de alimentação e venda de medicamentos. 

 

O economista ainda chama atenção para o volume chegar a ser maior que o esperado, pois depende também da aprovação dos cadastros.