Na manhã de hoje, 13, foi entregue ao Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) uma solicitação – subscrita por 111 médicos alagoanos – para que a entidade se posicione favorável ao uso precoce da hidroxicloroquina o caso de tratamentos de infectados pelo novo coronavírus no Estado. 

 

A iniciativa foi do empresário Leonardo Dias e ganhou a aderência dos médicos. O pedido agora se encontra nas mãos do presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, mas ainda não há um posicionamento oficial da entidade. 

 

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, foram registrados 48 casos. Desses, 14 já são considerados curados. Alagoas teve ainda três óbitos por Covid-19, conforme os dados oficiais do governo do Estado de Alagoas. 

 

Ao comentar a inciativa, Dias destacou que  “são 111 médicos que subscrevem o pedido, em um esforço grande para garantir a todos nós o acesso ao medicamento que tem sido utilizado em todo mundo para tratar o coronavírus. Eu estive com o presidente Fernando Pedrosa, entregue em mãos a solicitação para que haja uma manifestação formal por parte do Conselho Vamos torcer por um posicionamento favorável”.

 

Leonardo Dias ainda agradeceu aos médicos que assinaram a manifestação. “São grandes guerreiros que estão no front de batalha junto aos outros profissionais da Saúde”. O empresário explica que o pedido em relação ao Estado de Alagoas segue os moldes da resolução que foi tomada pelo Conselho Regional de Mediciona do Amazonas (Cremam).

 

No Amazonas, o Conselho se posicionou no dia 8 de abril, por meio do presidente José Bernardes Sobrinho. Lá, a orientação é de que “o médico  encarregado de pacientes portadores de COVID- 19 possa indicar o tratamento a ser utilizado em cada caso, inclusive com o uso da cloroquina e a hidroxicloroquina, em pacientes diagnosticados como casos leves, moderados e graves de pneumonia por COVID-19, associada ou não à Azitromicina, desde que não possuam contraindicação ao uso dessas substâncias”. 

 

O Conselho diz que caberá aos médicos medir os riscos do uso do medicamentos e informar sobre o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento ao paciente, bem como “recomendar que as prescrições de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina sejam feitas em receita especial de duas vias, conforme regra prescrita pela Anvisa”.

 

Dias ainda entrou com uma solicitação no Ministério Público para uma ação visando a liberação do uso do medicamento. Ele toma por base uma reportagem na imprensa alagoana que afirma que o governo do Estado teria, em seu estoque, o medicamento, mas o governador Renan Filho (MDB) e o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, ainda estariam aguardando mais estudos sobre a eficácia da hidroxicloroquinae da cloroquina.