Contrariando todas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde (MS) e até o Decreto de Emergência do Governo do Estado, que entre as medidas restritivas para conter o avanço do número de casos de contaminação por Covid-19, tem como principal o isolamento social, o prefeito de Teotônio Vilela, José João Pereira, conhecido como Joãozinho Pereira, determinou que parte do comércio do município volte a funcionar a partir desta quinta-feira (9).

O prefeito publicou um Decreto Municipal (Nº 013/2020) nesta quarta-feira (8), no Diário Oficial do Município. No documento, Joãozinho Pereira definiu que o comércio local deve voltar a funcionar de segundo a sexta, das 8h às 14h. Pessoas com mais de 60, que fazem parte do grupo de risco devem permanecer trabalhando no sistema home office.

Conforme o decreto, estabelecimentos oferecem serviços não essenciais, como restaurantes, salões de beleza, academias, lanchonetes, bares e academias, poderão voltar a funcionar.

Pereira é o único prefeito de Alagoas a contrariar o Decreto de Emergência do Governo do estado. O município de Teotônio Vilela não tem casos suspeitos de Covid-19. No entanto, mais de 30 cidades alagoanas já possuem pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus.

Alagoas já regista um total de 37 casos confirmados de coronavírus. Além de três mortes em decorrência do mesmo. Os dados constam no Boletim Epidemiológico 33, divulgado nesta quarta-feira (8). Há 261 casos suspeitos sendo investigados pelas autoridades de saúde. Sem mencionar os números nacionais. O Brasil já soma 941 mortes e tem mais de 17 mil casos confirmados de Covid-19.

Todas as autoridades de saúde mundiais, inclusive de países com número de mortes e contágios muito acima dos registrados no Brasil, afirmam que o isolamento social é a forma mais eficaz de controlar a propagação da pandemia.

Apesar dos números e de todas as recomendações, muitos alagoanos não respeitam a determinação de isolamento social, dividam das informações divulgadas, se aglomeram em feiras, ruas e mercados e parecem estar em dilema quanto a salvar o bolso ou salvar vidas.