O caso de preconceito sofrido pela professora de gramática e redação, Taynara Silva, dentro da sala de aula do Colégio Agnes foi o terceiro registro pela a Comissão da Promoção da Igualdade Social da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas em 2020.

Segundo Alberto Jorge, presidente da Comissão da OAB, a situação vivida pela professora é um caso típico de racismo e não apenas de injúria racial. Nos últimos três anos, 28 casos foram registrados em todo o estado.

Dados do Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos mostram que Alagoas é o 5º estado do Nordeste em número de ofensas racistas e preconceituosas.

O crime de racismo ocorreu dentro da sala de aula, quando a diretora do colégio disse aos alunos que “quando os alunos, que estavam presentes em sala, fossem à Ouro Branco, trouxessem um chicote ‘do bom’ para fazer a professora lembrar do tempo que ela tanto teme”. 

A professora trabalha no colégio Agnes que fica localizado no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió, desde 2017. Em entrevista ao Cada Minuto, Silva explicou que estava em sala de aula quando a diretora entrou e disse que a culpa do filho dela ter batido o carro foi da docente. “Eu estava falando com o filho dela pelo whatsapp já que ele trabalha no administrativo e estava cobrando umas coisas, aí soube depois que quando ele parou de falar comigo, ele bateu o carro”, explicou.

Além do inquérito aberto pela Polícia Civil, a OAB também vai acompanhar o caso. Após a repercussão, a direção da escola foi procurada e não se pronunciou sobre o caso para o CadaMinuto.

*Com informações da TV Gazeta.