O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), não poderá ser candidato à majoritária esse ano. É óbvio! Afinal, ele já está em seu segundo mandato. Todavia, trabalhará – como tem dito em diversas entrevistas, inclusive em uma concedida a este blog – para construir o sucessor.

No entanto, ele tem desafios. Um deles é o fato do “ninho tucano” não ter tido renovação na capital alagoana.

Não há nome, com base nas mais recentes pesquisas de intenções de voto, que apresente capilaridade eleitoral para a disputa. Portanto, caso realmente insista em buscar um pré-candidato no PSDB, Rui Palmeira terá que fabricá-lo, seja ele o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Kelmann Vieira, o secretário Eduardo Canuto ou até mesmo a deputada federal Tereza Nelma.

Uma coisa é esses nomes terem seus redutos para as disputas proporcionais. Outra é assumirem uma majoritária de forma aventureira. Rui Palmeira sabe disso e uma das apostas do prefeito é que – nesse ano eleitoral – repercuta bem o programa Nova Maceió, que tem recapeado ruas, feito algumas obras na cidade e intervenções em espaços públicos, como nas praças por exemplo. É inegável que isso dá visibilidade e garante publicidade para a Prefeitura.

A estratégia é que, numa eleição em que haja candidaturas pulverizadas, o nome escolhido tenha a associação direta com as obras da Prefeitura de Maceió para crescer nas pesquisas e assim conseguir chegar ao segundo turno.

Rui Palmeira ainda espera destravar algumas ações e com isso associá-las a um pré-candidato. Porém, o grupo político que acompanha o prefeito de Maceió precisa de um nome que seja o “capitão” do processo. Assim, se trabalha a sua imagem. Não há esse nome hoje.

Em recente entrevista ao jornalista Edivaldo Júnior, da Gazetaweb, Rui Palmeira ainda deixa claro que não há martelo batido e que, apesar de buscar o nome no ninho tucano, pode até haver opções que não estejam no PSDB, mesmo que essas sejam distantes.

Ele (o prefeito) fala que tem conversado com o deputado estadual Davi Davino Filho (PP) e ressalta a aproximação – que já falei aqui nesse espaço – com o ex-deputado estadual Ronaldo Lessa (PDT).

São dois nomes que não irão para a majoritária. Muito difícil. Agora, uma fala na entrevista chama atenção: Rui Palmeira não descarta aliança com o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça. Diz ele ao jornalista Edivaldo Júnior (que conseguiu arrancar boas falas do prefeito): “E a questão do Alfredo, no momento que ele deixar o Ministério Público é que de fato vai passar a ser encado com candidato. Converso bem com todos, mas quero ter meu candidato no PSDB”.

Bem, Alfredo Gaspar de Mendonça ainda não tem partido. Ele é um nome que tem sido disputado pelo grupo do governador Renan Filho (MDB) e pelo grupo de Rui Palmeira (PSDB). Até o Podemos – que é comandado pelo secretário municipal da gestão tucana, Tácio Melo – já abriu portas para o procurador-geral. Mendonça não fala em eleições agora e destacou, em entrevista a esse blog, que não procede qualquer que seja a insinuação sobre uma filiação sua.

E se Gaspar de Mendonça se aproximasse do PSDB? Uma pergunta que fica no ar… Rui Palmeira não descarta trazer novos quadros e diz que conversará como senador Rodrigo Cunha (PSDB), que comanda o diretório estadual, sobre esse assunto.

Em todo caso, Rui Palmeira só buscará – é o que é perceptível em suas declarações – um nome fora do PSDB se for a última opção. O problema é que ele corre contra o relógio. E se a Nova Maceió for mesmo esse cabo eleitoral todo, o programa precisará apontar para alguém no tabuleiro do xadrez político que se desenha.

O prefeito Rui Palmeira acredita que manterá o bloco junto no processo eleitoral, com PSDB, Democratas, PP, PROS e Podemos. A ideia é solidificar o grupo já pensando em 2022.