Não é segredo que o Podemos tenta se reestrutura em Maceió. Se vai conseguir ou não…

Comandado pelo secretário municipal de Iluminação, Tácio Melo – um dos fiéis escudeiros do prefeito Rui Palmeira (PSDB) – a sigla tenta montar uma chapa forte para disputar cadeiras da Câmara Municipal. Sendo assim, começou a abrir portas para receber novos filiados e se “armar” para a possibilidade de ocupar duas ou três cadeiras no legislativo.

Todavia, não é apenas o legislativo maceioense que pode estar na mira. Na mais recente reunião do Podemos, o discurso adotado por Melo foi das alfinetadas. O secretário municipal – ainda que sem citar nomes – se posicionou no “ringue político” para reforçar a posição do prefeito de que não haverá aliança com o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB).

Tácio Melo fez isso partindo para o ataque. Ele insinuou que o parlamentar JHC “vive no mundo da lua, no mundo Pokemón”, fazendo alusão a desenhos infantis. Era óbvio que o recado foi para João Henrique.

Se Melo pretende também disputar o processo eleitoral ou não, é outra história. O fato é que o secretário não possui a capilaridade para uma majoritária. Isso é fora de cogitação.

Portanto, se houver interesse, o mais provável é que esteja na lista dos que querem uma das cadeiras da Casa de Mário Guimarães. Melo já ensaiou candidatura em outro pleito – quando comandava a Superintendência de Transporte e Trânsito – mas acabou desistindo da disputa.

Agora, Melo – na posição de dirigente – pode abrir espaço para que o Podemos seja uma peça importante na aliança com Rui Palmeira. Nos bastidores, a informação é de que a sigla pode tentar atrair o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça e, dessa forma, se posicionar para uma disputa majoritária, tendo algum nome do tucanato como vice-prefeito. É uma conversa ainda tímida nos bastidores, mas já escutei de duas pessoas próximas de Melo.

Assim, Alfredo Gaspar disputaria a Prefeitura com o apoio tucano.

Na reunião do Podemos, o prefeito Rui Palmeira se fez presente. Porém, não tratou de sucessão municipal.