Ao lado do deputado estadual Cabo Bebeto (PSL), lideranças do Movimento Brasil em Alagoas estiveram no evento de lançamento do Aliança Pelo Brasil, em Brasília (DF). Os alagoanos ainda tiveram um encontro com o vice-presidente da sigla, o senador Flávio Bolsonaro na busca por articular um futuro diretório estadual.

Do PSL de Alagoas, apenas Bebeto esteve presente. O deputado – como já noticiado por esse blog – deixou o comando do diretório municipal do PSL de Maceió. Bebeto permanece no partido apenas por questões que envolvem a fidelidade partidária, já que se sair agora corre o risco de expulsão.

Caso o partido se consolide até a janela, o parlamentar alagoano será um dos que mudarão de agremiação. Segundo bastidores, o desejo é fazer isso assim que puder.

Já entre os líderes do MBR, o empresário Leonardo Dias destacou que “a partir de agora, o grupo precisa aguardar a liberação do TSE para a coleta de assinaturas que poderá ser feita de forma digital, caso o Tribunal concorde com os argumentos apresentados ou ainda, de forma manual. Ainda essa semana deverá ser definida a forma dessa coleta. O certo é que conseguiremos rapidamente a quantidade exigida para a validação do partido”.

Dias – entretanto – não esconde que há preocupação com o tempo até as eleições. “Nossa preocupação é maior com o tempo que os cartórios eleitorais poderão levar para validar as centenas de milhares de fichas de apoiamento que serão coletadas, caso se decida pelo processo manual”.

Dias diz que o MBR “deve ajudar na blitz diária, em locais de grande mobilização, e também em locais fixos para conseguir o apoio e as assinaturas necessárias”. Para o empresário, é o primeiro partido de direita conservadora do país, já que o PSL tinha um perfil – ao menos na sua criação – mais liberal e a ida de Bolsonaro para a sigla se deu em função das circunstâncias.

Indagado sobre o futuro do Aliança Pelo Brasil em Alagoas, Dias responde: “Ainda não existe diretório ou liderança anunciada oficialmente pelo Aliança, em Alagoas. No entanto, como um dos fundadores do Partido do Bolsonaro, defendo que a condução estadual esteja nas mãos do deputado Cabo Bebeto, tão logo ele tenha viabilidade jurídica para mudar de partido. Não podemos cometer o mesmo erro que ocorreu com o PSL, onde inúmeros oportunistas assumiram diretórios e agora, abandonam Bolsonaro em nome de um milionário fundo partidário. Independentemente de quem assumirá o comando do Aliança, em sendo alguém de confiança da militância, estarei completamente dedicado à missão”

“Entendo que o Partido, assim que for homologado, atrairá boa parte das lideranças de direita do Estado. Não podemos repetir os erros do passado. O PSL Estadual desprestigiou quem trabalhou voluntariamente para Bolsonaro, os deixando de fora de sua estrutura. Os diretórios municipais foram entregues a gente ligada aos velhos caciques da política, que não ajudaram em nada durante o pleito de 2018. Isso precisa ser corrigido pelo futuro diretório. Mais do que eleger muita gente, precisamos eleger as pessoas certas. As traições de boa parte do PSL confirmam que estou certo”, finaliza Dias.