Ainda circula pelos bastidores indagações sobre uma possível candidatura do senador Rodrigo Cunha em 2020. No mais recente evento tucano, o senador voltou a ser indagado sobre o assunto, diante do desejo da cúpula do PSDB de se ter o maior número de candidaturas possíveis nos municípios alagoanos. Ele foi enfático: “A única certeza é que eu não serei candidato em 2020”.
Cunha ressaltou que participará indiretamente do processo eleitoral em Maceió e em Arapiraca, onde o prefeito Rogério Teófilo (PSDB) buscará a reeleição. Em Maceió, os tucanos ainda não apresentaram um nome. Para Cunha, é preciso definir o quanto antes com o prefeito Rui Palmeira (PSDB) quem será o nome para a sucessão.
O senador tucano explica que a definição ajudará a concentrar forças para alavancar o escolhido. Rui Palmeira – como já publicado no CadaMinuto – falou em três possibilidades de candidaturas: o presidente da Câmara Municipal de Maceió, Kelmann Vieira, o secretário de governo Eduardo Canuto ou a deputada federal, Tereza Nelma.
A prioridade do ninho tucano, na capital alagoana, é construir uma candidatura própria mantendo a base de sustentação, que tem hoje o PP, o Democratas, o PROS, o Podemos, dentre outras siglas. O problema é que o PP ensaia uma candidatura com o deputado estadual Davi Davino e outros aliados podem se dividir para apoiar uma possível candidatura do deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB).
Rodrigo Cunha parece concordar com a visão do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), e destacou – na condição de presidente estadual da legenda – que os caminhos da sucessão municipal na capital alagoana serão definidos em conformidade com o que pensa Palmeira. Para Cunha, esses diálogos mais constantes com o chefe do Executivo municipal já devem se iniciar no próximo ano, logo em janeiro.
“O PSDB é um partido forte em Alagoas. A maioria da população alagoana está sendo administrada pelo PSDB, pelo quantitativo de pessoas em Maceió e Arapiraca. É um dado importante que remete à responsabilidade de já pensar a próxima eleição, momento de conversar com as pessoas e dar uma cara nova ao PSDB. Pensar em eliminar caminhos intermediários e fazer com que as pessoas queiram participar diretamente da política; não significa dizer que necessariamente candidatas, mas influenciando nas coisas”, pontou.
Cunha demonstra ter ciência dos desgastes enfrentados pelo partido, tanto no campo nacional com o pífio desempenho de Geraldo Alckmin na disputa pela presidência da República, no ano de 2018, quanto local. Na disputa pelo governo do Estado de Alagoas, o PSDB acabou sendo um coadjuvante no processo eleitoral e praticamente não participou da majoritária na disputa pelo Executivo estadual.
Rodrigo Cunha – que se elegeu senador – acabou fazendo uma campanha distante dos aliados do partido naquele processo eleitoral. O PSDB ainda permitiu que a oposição se enfraquecesse e Rui Palmeira foi um dos responsáveis pelo declínio.
Agora, o senador fala em renovação: “O PSDB teve desgastes nacionalmente, teve desgastes ao longo do tempo, mas é um momento de conversar internamente com os que estão no PSDB e pensar em novas pessoas para puxar para a sigla partidária. E as pessoas que entrarem vão participar de uma escola, com oficinas, com temas a serem discutidos. Para que assim a população entenda que é possível entrar na política de forma séria e não apenas como as regras do jogo colocam, tendo que se alinhar com quem não quer”.
“(…) eleição e campanha em si, o momento ideal para discutir é no próximo ano. Aqui em Maceió, o PSDB é regido pelo Rui Palmeira e temos que sentar o quanto antes com ele para pensarmos e preparamos os caminhos do partido para as próximas eleições. Arapiraca, da mesma forma. Rogério tem tudo a ser candidato à reeleição. Vamos buscar o entendimento”, complementa ainda Rodrigo Cunha.