(Atualizada às 11h20)
A mãe e o padrasto do pequeno Danilo Almeida, 7 anos, que foi sequestrado e morto no último sábado, no bairro do Clima Bom, prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios durante a madrugada desta quarta-feira (16), sob a suspeita de ter envolvimento no crime, mas acusam os policiais que estão investigando o caso de agressão.
A mãe da criança, Darcinéia Almeida Campos, relatou que foi forçada pelos policiais a confessar o envolvimento no crime, inclusive que sofreu agressões físicas e psicológicas dentro da delegacia.
O padrasto José Roberto confirmou que esteve na delegacia, mas nega que tenha participação no crime. “Agora que sentir uma coisa muito revoltante, pois estávamos pensando que seriamos ouvidos para receber um apoio da polícia em busca de justiça, mas realmente não deu para aceitar e entender o que aconteceu”, contou o padrasto em entrevista ao CadaMinuto.
O casal afirma que prestaram depoimento em salas separadas e que foram induzidos a confessar o crime. “Eles disseram a minha mulher que eu tinha confessado o crime, o que nunca aconteceu”, emendou José Roberto.
Diante dos relatos feitos, o casal afirmou que irá procurar a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas para denunciar o caso.
Os dois foram abordados pelos policiais em sua residência, no início da noite. De acordo com Darcinéia, os policiais disseram que estariam levando eles para uma consulta psicológica, mas foram levados para a DHPP.
A reportagem do CadaMinuto tenta contato com o delegado responsável pelas investigações.
Em nota, a OAB disse que só vai se posicionar sobre os recentes fatos vinculados ao caso da criança de 7 anos encontrada morta em Maceió, após se reunir com a Delegacia Geral da Polícia Civil. Além disso, a OAB reforçou que além do presidente Nivaldo Barbosa, os presidentes das comissões de Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Paraízo, e dos Direitos Humanos, Anne Caroline Fidélis, estão acompanhando o caso.
*Estagiário com supervisão da editoria.