O promotor Coaracy da Fonseca voltou a usar suas redes sociais para falar sobre o seu afastamento do cargo no Ministério Público Estadual (MPE) afirmando que já prepara sua defesa jurídica diante da informação da existência de um mandado de segurança e um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). 

Em nova crítica direta aos membros do MPE, o promotor comentou a gestão do ex-procurador geral de justiça, Eduardo Tavares, no município de Traipu.  “Por derradeiro, a cidade de Traipú merece uma operação pente fino. O que fazia tanto o Sr. Eduardo Tavares, durante a campanha de prefeito, no apartamento de sua prima, próximo à Praça do Skate? Houve repasse de recursos federais do FUNDEB nessa época? Se houve, como foram aplicados pela então prefeita Conceição Tavares? Se houve desvio é crime Federal e se alguém participou é cúmplice. Quanto custou a “consultoria” realizada na gestão do Sr. Tavares no MP, como foi contratada e o valor e qual o resultado objetivo?”, escreveu Fonseca. 

O ataque de Fonseca ocorreu depois da declaração de Eduardo Tavares, que pontuou que o colega incorreu em uma série de erros comportamentais e até delitos, ao imputar crimes a pessoas como o chefe do MP e ao juiz Maurício Breda. Em razão disso, Tavares opinou que Fonseca deveria ser processado inclusive na área criminal.

O afastamento do promotor do cargo ocorreu após a divulgação de vídeos  nas redes sociais nos quais o promotor aparece fazendo acusações ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Entre elas, Fonseca afirma que o TJ é o responsável pelas mazelas e pelo atraso do estado. Alguns desses vídeos foram exibidos na sessão do Conselho.

Durante a sessão, o corregedor-geral substituto, procurador Luiz Medeiros, disse que antes da abertura do procedimento que culminou no afastamento cautelar, o Coaracy Fonseca já havia sido punido duas vezes pela Corregedoria, mas continuou a atacar, publicamente, figuras como procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, o governador do Estado, Renan Filho e, agora, o Poder Judiciário.

O corregedor explicou que decidiu solicitar o afastamento ao procurador-geral e, em seguida, submeter o pedido ao Colegiado, devido aos precedentes e ao fato de Fonseca continuar praticando os referidos atos: “Entendemos que se a Corregedoria não adotar as providências, ele ia continuar... E temos que zelar pela nossa instituição”.

A reportagem tentou entrar em contato com Eduardo Tavares, mas não obteve êxito.