Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) tem realizado ações para a limpeza de residências em casos crônicos. O objetivo é minimizar um problema que afeta alguns donos de imóveis e suas vizinhanças: o acúmulo de resíduos. Nesta semana, uma operação conjunta entre os dois órgãos foi realizada no imóvel de um idoso no bairro do Poço, onde foram recolhidas mais de oito toneladas de resíduos.
Classificada como doença mental, a acumulação compulsiva deve ser tratada e requer acompanhamento psicossocial. Em Maceió, as denúncias destes casos são apuradas inicialmente pela Sudes, como aconteceu no bairro do Poço, e, além da SMS, envolve também equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).
“Quando recebemos a denúncia de um caso como este, acionamos a nossa fiscalização, que vai ao local inspecionar, e a partir disso um processo administrativo é aberto para que sejam adotadas as medidas adequadas. Em seguida, técnicos da SMS e da Semas, dentro de suas atribuições, realizam visitas e emitem laudos seguidos de encaminhamentos para que, posteriormente, a limpeza do imóvel seja realizada de forma emergencial devido ao risco de proliferação de doenças”, explica o titular da Sudes, Gustavo Acioli Torres.
A acumulação compulsiva traz consigo o perigo iminente de doenças decorrente da falta de higiene e de falta de cuidado que esses locais apresentam ou devido à geração de um ambiente com condições propícias à proliferação de animais sinantrópicos – aqueles que se adaptaram a viver com o homem, a despeito da vontade deles – tais como: aranhas, escorpiões, baratas e moscas.
Além dos sinantrópicos, esses ambientes oferecem a possibilidade de desenvolvimento de larvas do mosquito Aedes aegypit, responsável por doenças como dengue, zika e chikungunya, e de roedores como a ratazana (RattusNorvegicus) que transmite a leptospirose.
De acordo com Bruno Wanderley, médico veterinário da Vigilância de Saúde da SMS, após a retirada dos resíduos acumulados, os agentes de endemias responsáveis pela área vão ao local, em um segundo momento, para verificar se há tocas de roedores e para fazer o controle químico. Após esta etapa, o local passa a ser visitado a cada 60 dias.
“Fazem também a orientação do proprietário do imóvel no que se refere aos agravos que esses animais sinantrópicos podem trazer para ele e para seus vizinhos”, diz o profissional.
Coordenadora de Fiscalização da Sudes, Ângela Silva orienta que, caso seja registrado um acumulador, a população deve entrar em contato com o órgão e realizar a denúncia.
“A partir do registro do caso, a equipe de fiscalização da Sudes é enviada ao local para averiguar. Constatado o fato, o processo é enviado para a SMS e para a Semas, para o acompanhamento psicossocial e também devido à possibilidade de haver animais como ratos, cobras, escorpiões e insetos. Após o retorno do processo para a Sudes, com a adoção das medidas iniciais, nossa equipe vai até a localidade para retirada dos resíduos”, esclarece a coordenadora.
As denúncias podem ser realizadas por meio da Central de Monitoramento da Sudes pelo número 0800 082 2600 ou pelo Whatsapp 98802-4834. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.
*com Assessoria