Após fala de deputado, Cibele diz que política não é para incitar o ódio

09/08/2019 16:55 - Coluna Labafero
Por Redação
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Repercutiu, pelo menos fora do plenário, uma fala do deputado Antonio Albuquerque na sessão de quarta-feira passada, na Assembleia Legislativa. Ao criticar a atuação da SMTT na capital, o parlamentar disse que o homem preso após incendiar uma viatura do órgão deveria ter incendiado todas.

Albuquerque sugeriu ainda que o homem deveria ter colocado fogo em outros veículos, “de pessoas mais importantes”, para, quem sabe, chamar mais a atenção.

Segundo ele, em uma “máfia estabelecida entre a empresa (de guincho) e muitos desses órgãos”, a SMTT pratica “furto” ao guinchar veículos estacionados sem a presença de seus proprietários: “Se o carro está em estacionamento proibido, que seja aplicada a multa, que o motorista seja chamado à atenção... Mas o carro ser levado? Isso é absurdo”, frisou.

O deputado prosseguiu dizendo que bancaria o advogado para o acusado, caso ele não tenha.

Albuquerque já tinha deixado o plenário quando a deputada Cibele Moura lamentou o pronunciamento dele.

“É triste ver um parlamento incitando a violência... É triste que a gente diga aos cidadãos que a gente pode colocar fogo em carros de fiscalização e controle”, disse a deputada, registrando também que não cabe chamar de “furto” o fato de a SMTT estar apenas cumprindo a lei.

“Daqui a pouco a gente vai dizer que é certo colocar fogo em ônibus quando tiver greve, em carro da polícia quando acharmos que ela não tá servindo a gente... A gente faz política para mudar a vida das pessoas, não para incitar o ódio”, concluiu a - sensata - mais jovem deputada estadual do país.

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