A Marinha Brasil por meio da Capitania dos Portos de Alagoas (CPAL) enviou uma nota neste domingo (28) afirmando que o catamarã que afundou em Maragogi estava inscrito para atividade de passageiros e encontrava-se com sua vistoria válida. No acidente que aconteceu nesse sábado (27) duas idosas cearenses morreram.

Ainda em nota, a Marinha disse que "um inquérito está em andamento, conduzido pela CPAL, com o  objetivo  de apurar  as  causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente".

A Marinha disse que durante a apuração serão realizadas oitivas de testemunhas, análise de documentos e perícia, além de outros procedimentos que sejam necessários.

Embarcação já tinha sido autuada

A Prefeitura Municipal da cidade de Maragogi disse que o acidente que provocou o óbito de duas pessoas ocorreu em local cuja visitação não era permitida e de maneira clandestina.  

De acordo com a prefeitura, o proprietário da embarcação que não teve o nome divulgado já havia sido autuado através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em virtude dos  passeios clandestinos que realizava mas de forma reincidente, se manteve desobedecendo os dispositivos legais, e insistiu em prosseguir ignorando até mesmo o Ministério Público.

O município destacou ainda que externa as condolências às famílias das vítimas e garantiu que irá buscar os responsáveis pelo ocorrido e responsabilizá-los administrativamente na forma da lei, sem prejuízo das ações criminais que deverão enfrentar na esfera judicial.

Investigações

O delegado Ailton Soares que está investigando o acidente com o catamarã que deixou duas turistas mortas nesse sábado (27), em Maragogi, disse ao Cada Minuto que o caso requer prudência e que ele não vai “entortar a lei para fazer o pedido de prisão”. Segundo ele, não há elementos e nem fundamentos para pedir a prisão dos envolvidos.

Na manhã deste domingo (28) a assessoria de comunicação do Ministério Público disse que a promotora de justiça Francisca Paula orientou o delegado a pedir a prisão dos responsáveis pelo acidente. Ainda segundo o MP, caso a autoridade policial não faça o pedido em um curto espaço de tempo, a promotora vai requerer essas prisões ao Poder Judiciário.